sábado, 29 de setembro de 2012

Urgente ! Precisa-se: Um Profeta Para Pregar Aos Pregadores

Precisa-se: Um Profeta Para Pregar Aos Pregadores

Tentar fazer uma avaliação de João Batista pelos modernos padrões de espiritualidade seria o mesmo que tentar medir o sol com uma fita métrica. No Jordão, a multidão ansiosa indagou a respeito do recém-nascido:
— Que virá a ser, pois, este menino?
E a resposta foi:
— Ele será grande diante do Senhor.
Hoje em dia, a palavra “grande” se acha muito desgastada, pois confundimos proeminência com importância. Naquela época, Deus não estava à procura de sacerdotes, nem de pregadores, mas de homens. E havia muitos homens, como hoje, mas eram todos “pequenos” demais. Ele precisava de um grande homem para uma grande missão.
João Batista possuía pelo menos um atributo que o qualificava para o sacerdócio, mas tinha todos os requisitos necessários para tornar-se um profeta. Antes de sua vinda, o povo vivera quatrocentos anos de trevas, sem um raio da luz profética; quatrocentos anos de silêncio, em que não se ouvira o brado: “Assim diz o Senhor”; quatrocentos anos de uma constante deterioração espiritual. E assim Israel, a nação escolhida por Deus, estava imersa em holocaustos, cerimônias e circuncisões, fazendo expiação com rios de sangue de animais, e tendo por mediador uma classe sacerdotal rica e saciada.
Mas o que um exército de sacerdotes não conseguiu fazer em quatrocentos anos, foi feito em seis meses por um homem “enviado por Deus”, moldado por Deus, cheio de Deus e incendiado por Deus, João Batista.
Concordo com E. M. Bounds quando diz que Deus leva vinte anos para formar um pregador. A preparação de João foi feita na divina Universidade do Silêncio. Deus matricula nela todos os seus grandes homens. Embora Cristo tenha feito sua interpelação a Paulo — um fariseu orgulhoso, legalista, de intelecto privilegiado e linhagem invejável — na estrada de Damasco, ele precisou passar três anos na Arábia para se esvaziar de tudo isso, e desaprender o que aprendera, para que finalmente pudesse afirmar: “Deus revelou-se em mim”. Deus pode preencher num minuto o que nós levamos anos para esvaziar. Aleluia!
Jesus disse: “Ide”, mas também ordenou: “Permanecei... até que”. Aquele que resolver passar uma semana fechado num aposento, a pão e água, sem nenhuma leitura a não ser a Bíblia, sem companhia alguma a não ser a do Espírito Santo, ou sofrerá um colapso nervoso ou terá tal experiência com Deus que sua vida e ministério serão revolucionados. Depois disso, como Paulo, ele será conhecido no inferno.
João Batista ficou na divina Escola do Silêncio, o deserto, até o dia em que se manifestou ao povo. E quem poderia estar mais bem preparado para aquela tarefa de despertar de seu sono carnal aquela nação entorpecida, do que aquele profeta queimado de sol, batizado com o fogo e moldado no deserto, e enviado por Deus? Nos olhos, ele trazia a luz de Deus, na voz a autoridade divina e na alma o mesmo ardor de Deus. Quem — pergunto eu — poderia ser maior do que João? É verdade que ele “não fez nenhum sinal”, isto é, não ressuscitou nenhum morto. Mas fez muito mais: ergueu uma nação morta.
E esse profeta vestido de couro, com um ministério de curta duração, era tão ardoroso e sua luz tinha tal brilho, que os que ouviam suas mensagens fervorosas, candentes, iam para casa e passavam noites insones até que sua alma se quebrantava em arrependimento. Entretanto, tinha uma doutrina diferente: sem holocaustos, sem cerimônias, sem circuncisão; tinha uma dieta estranha: sem vinhos, nem banquetes; tinha roupas estranhas: sem filactérios, nem vestes farisaicas.
É verdade, mas João era grande! As grandes águias voam sozinhas; os leões maiores caçam sozinhos; as almas grandiosas vivem sozinhas, a sós com Deus. É muito difícil suportar tal solidão; é impossível apreciá-la, a não ser acompanhado de Deus. Realmente João conseguiu ser grande. Ele foi grande em três aspectos: grande na sua fidelidade ao Pai (preparou-se durante tanto tempo para pregar por tão curto período); grande em sua submissão ao Espírito (andava ou parava de acordo com as orientações dele); grande nas afirmações que fez sobre o Filho (apontando Jesus como “o Cordeiro de Deus, que tira o pecado do mundo”, apesar de não ter-se avistado com ele antes).
João era uma “Voz”. A maioria dos pregadores não passa de ecos, pois, se prestarmos bem atenção, saberemos dizer quais os livros que andaram lendo, e notaremos que citaram muito pouco do Livro. E hoje, só uma Voz, voz de um profeta enviado do céu para pregar aos pregadores, conseguiria despertar o coração dos homens. Só quem tem coração quebrantado é capaz de levar outros ao quebrantamento. Irmãos, nós temos equipamentos, mas não temos poder; temos ação, mas não unção; barulho, mas não avivamento. Somos dogmáticos, mas não dinâmicos!
Todas as eras têm iniciado com fogo, e todas as vidas, sejam de pregadores ou de prostitutas, vão findar em fogo — o fogo do juízo para alguns, o fogo do inferno para outros. Wesley diz o seguinte em um de seus hinos:
“Salvemos as almas do fogo do inferno,
aliviando-lhes o tormento com o sangue de Cristo”.
Irmãos, temos só uma missão: salvar almas, e, no entanto, elas estão perecendo. Pensemos nisso! Existem milhões, centenas de milhões, talvez milhares de milhões de almas eternas que precisam de Cristo. E sem a vida eterna elas irão perecer. Ah, que vergonha para nós, que horror, que tragédia! “Cristo não desejava que ninguém se perdesse”. Irmãos pregadores, hoje há milhões e milhões de pessoas seguindo para o fogo do inferno, porque nós perdemos o fogo do Espírito!
Esta geração de pregadores é responsável pela atual geração de pecadores. Diante das portas de nossas igrejas passam todos os dias milhares de pessoas que não foram salvas porque ninguém lhes pregou, e ninguém lhes pregou porque ninguém as amou. Dou graças a Deus pelo grande trabalho que é realizado nos países estrangeiros. Contudo é muito estranho que aparentemente tenhamos maior preocupação por aqueles que se encontram do outro lado do mundo, do que com os que moram do outro lado da rua. Apesar de todas as nossas campanhas e nosso evangelismo de massas, o número dos que são salvos se limita a centenas, enquanto que, se cair uma bomba atômica por aqui, irão aos milhares para o inferno.
Não tem fundamento a afirmação feita por alguns de que a pecaminosidade atual não tem paralelo em outra época da História. Jesus disse o seguinte: “Assim como foi nos dias de Noé, será também nos dias do Filho do homem”. A descrição de como foi nos dias de Noé encontra-se em Gênesis 6.5: “Viu o Senhor que a maldade do homem se havia multiplicado na terra, e que era continuamente mau todo desígnio do seu coração”. Então o mal era total, “todo o desígnio”; era contínuo, “continuamente mau”. Era assim, e assim é. Hoje o pecado está recebendo uma fachada de embelezamento, está sendo popularizado, entrando por nossos ouvidos através dos rádios, pelos nossos olhos através da televisão e das capas de revistas. Os membros de igreja se acham saturados das pregações e cansados dos ensinos que ouvem, e estão saindo dos cultos da mesma forma como entram — sem visão e sem fervor algum. Ó Deus, envia para esta geração dez mil João Batistas para arrancar os curativos que os moralistas e políticos colocaram sobre o pecado das nações!
Assim como Moisés não pôde deixar de notar a sarça que ardia, assim também ninguém vai-se enganar quando vir um homem em chamas. Deus vence um fogo com outro fogo. Quanto mais fogo houver nos púlpitos, menos pessoas haverá no fogo do inferno.
João Batista foi um homem diferente com uma mensagem diferente. Assim como o réu acusado de assassinato empalidece ao ouvir o juiz pronunciar a sentença: “Culpado!” assim também aquele povo ouviu João clamar: “Arrependei-vos!” E esse clamor ecoou nos recessos de sua mente, despertando lembranças, fazendo pesar a consciência e levando-os a buscar o batismo, dominados pelo terror. E após o Pentecostes, a pregação de Pedro, que acabara de receber o batismo de fogo do Espírito, abalou os ouvintes de tal modo que eles clamaram:         “Que faremos, irmãos?”
Imaginemos que alguém lhes respondesse: “Assine este cartão de membro! Passe a freqüentar esta igreja regularmente. Dê sempre os dízimos”.
Não! Mil vezes não!
Inspirado pela unção do Espírito, João dizia: “Arrependei-vos!” E eles se arrependeram. Mas arrepender não é simplesmente derramar algumas lágrimas no altar. Também não é ter remorso, nem emoção, nem passar por uma reforma pessoal. Arrepender-se é mudar de idéia com relação a Deus, ao pecado e ao inferno!
As duas maiores forças da natureza são o vento e o fogo, e as duas se uniram no dia de Pentecostes. E aquele abençoado grupo reunido no cenáculo, como o vento e o fogo, se tornou irresistível, incontrolável e imprevisível. E o fogo que ardia neles extinguiu a violência do fogo; dele saíram chamas missionárias, centelhas que incendiaram o coração de mártires, e atearam o fogo do avivamento.
Há cerca de duzentos anos atrás Carlos Wesley cantava:
“Ah, que o fogo sagrado possa começar a arder em mim.
E queime a escória dos desejos vis
E faça os montes ruir”.
E o Dr. Hatch levantou o seguinte clamor:
“Sopra em mim, fôlego divino,
Até que me torne inteiramente teu.
Até que o que há de terreno em mim
Arda com o fogo dos céus”.
O fogo do Espírito Santo destrói, purifica, aquece, atrai e enche de poder.
Existem alguns crentes que não sabem precisar a data em que foram salvos. Mas ainda não conheci ninguém que tenha sido batizado com o Espírito Santo e com fogo que não saiba dizer o momento em que isso aconteceu. São esses homens que abalam os povos e os conquistam para Deus, como Wesley, que nasceu do Espírito, foi cheio do Espírito e viveu sempre no Espírito.
Os automóveis só rodam depois que recebem a centelha da ignição; as pessoas que não se movem nem se comovem são as que não receberam ainda o fogo.
Amados irmãos, a Bíblia fala de uma sentença mais pesada para os pregadores. Para eles haverá “maior juízo” (Tg 3.1). Pode ser até que quando eles estiverem perante o trono do julgamento divino, os pecadores lhes digam:
“Pregador, se o senhor tivesse o fogo do Espírito, eu agora não estaria indo para o fogo do inferno”.
Como Wesley, eu também creio que os crentes precisam experimentar o arrependimento. A promessa do Pai é para você. Então agora, onde quer que esteja, numa missão no estrangeiro, numa casa rica e confortável ou num gabinete pastoral, se estiver sentindo-se quebrantado, pronto a render as armas, ajoelhe-se e faça suas as palavras da seguinte oração:
“Manda, Senhor, o fogo,
Para fortalecer meu coração,
E eu viva para salvar o mundo que está perecendo.
Em teu altar agora deposito
Minha vida, meu ser;
Em sinal de aceitação dessa minha oferta, peço-te,
Envia sobre ela o fogo divino!”
— F. de L. Booth-Tucker.
Hoje temos uma igreja fria, num mundo frio, porque os pregadores são frios. Manda teu fogo, Senhor!

“Não usarei outro barrete senão o de mártir, envermelhado pelo meu próprio sangue”.
— Savonarola, ao recusar a mitra de cardeal.
“A pregação apostólica não se caracteriza por uma fala impecável, nem por floreados literários, nem por expressões inteligentes, mas opera através de demonstração do Espírito e de poder”.
— Arthur Wallis.
“Há três situações que eu gostaria de ter vivido. São elas: ter conhecido Jesus pessoalmente; ter visto o Império Romano em seu esplendor e ter ouvido a pregação de Paulo”.
— Agostinho.
“De bom grado vou confirmar com meu sangue a verdade sobre a qual tenho escrito e pregado”.
— João Huss, quando estava na fogueira para ser morto.
“O principal requisito de um missionário não é, como temos ouvido tantas vezes, ter paixão pelos perdidos, mas ter amor por Cristo”.
— Vance Havner. 
Extraido do livro:
 “Por que Tarda  o Pleno Avivamento?”
Leonard Ravenhill


segunda-feira, 24 de setembro de 2012

Cinco pontos preocupantes na igreja protestante moderna



Cinco pontos preocupantes na igreja protestante moderna
por: Sinclair Ferguson

No texto abaixo,  Sinclair Ferguson responde a pergunta: “o que o preocupa na igreja protestante moderna?”. Ferguson aponta (1) o pragmatismo, (2) o culto à personalidade, (3) a falsa qualidade do culto, (4) a mudança da era do pregador para a era do líder de louvor e do conselheiro e (5) a falta de oração. Apesar de Ferguson apontar a realidade estadunidense no qual ele está inserido, cremos que os pontos são pertinentes para a igreja brasileira.
   
 Reflita....
Eu tento não me concentrar tanto ou por muito tempo nas coisas desanimadoras que vejo, simplesmente porque penso que devo ser cuidadoso para não me tornar ressentido e cínico. Por ser escocês, já tenho tendência nativa suficiente para ser melancólico! Mas, é verdade que há muitas coisas para causar preocupação. A passagem exposta na minha ordenação ao ministério do Evangelho foi 2 Coríntios 4:1-6, e tem me servido como um guia desde então. Paulo diz que ele renunciou não somente os caminhos vergonhosos ou dissimulados, mas que ele também não “faz” algo simplesmente porque “funciona”. Em vez disso, ele expõe a verdade, e o faz de tal forma que a verdade do Evangelho e sua própria integridade estejam claras. Por outro lado, nós nos tornamos uma igreja muito pragmática; temos uma sede pelo tamanho (maior é visto como melhor.)
Nós também temos semeado um culto à personalidade e ao guru. Tenho visto materiais do comitê de indicação pastoral declarando sem rodeios que eles precisam de um “comunicador extraordinário” para ser seu ministro. Muita da nossa filosofia tem de fato se tornado muito mundana.
Uma evidência recente disto está na tranquilidade em que alguns cristãos hoje falam sobre “a qualidade do nosso culto.” Mas ao contrário de seus antepassados, eles cultuam somente uma vez no domingo. Muitos pastores sabem que um culto noturno não teria muita presença por todos os tipos de razões que eu acho que não serviriam diante do Deus do universo que é digno de ser louvado e adorado, por toda eternidade! Pergunto-me o que Ele pensa da qualidade do nosso culto*.
Também me preocupa que estamos vivendo na era do líder de louvor e do conselheiro ao invés do pregador (o que fazemos e sobre o que falamos – infelizmente geralmente sobre nós mesmos – tem prioridade sobre Deus falar conosco).
Novamente, há a falta da oração e da igreja que ora. Para mim isto é o mais preocupante, por esta razão: Temos construído igrejas aparentemente fortes, grandes, bem sucedidas e ativas. Mas muitas de nossas igrejas nunca se congregam para orar. Ressalto: nunca! O que isso indica que dizemos sobre a vida da igreja como uma comunidade? Por outro lado, a marca do verdadeiro espírito apostólico na igreja é que nos entreguemos juntos à oração e à Palavra (Atos 6:4). Não me espanta que “crescia a palavra de Deus, e [...] se multiplicava o número dos discípulos” (Atos 6:7). Sendo assim, não deveria nos surpreender que enquanto muitas igrejas veem o crescimento, geralmente este é uma reposição de números, não de conversões. Desejo fortemente que nossas igrejas aprendam a manter as coisas principais no centro, que aprendamos a sermos verdadeiras igrejas, calorosos companheiros de oração, de ensino e ministração do Evangelho, e de amor mútuo genuíno. No final do dia, tal Igreja só precisa “ser” para que visitantes sintam que essa é uma completa nova ordem da realidade e sejam atraídos a Cristo.
Por Sinclair Ferguson. © 2012 Ligonier Ministries. OriginalWhat Concerns You About Modern-Day Protestant Christianity?
 

quinta-feira, 20 de setembro de 2012

Avivamentos Enviados do Céu

Necessitamos de um avivamento espiritual saturado do evangelho. O último verdadeiro avivamento evangélico, do qual ainda recebemos benefícios, foi no século XVIII. Mas a realidade é esta: não haverá avivamento evangélico sem um autêntico avivamento na igreja. Por quê? Porque o instrumento que Deus usa para trazer um avivamento evangélico é a sua igreja.
Aí está o problema. A razão fundamental por que não há um avivamento evangélico é que a igreja contemporânea definha em letargia ministerial, falta de poder espiritual, ignorância bíblica e fascinações das últimas tendências. Um avivamento dado por Deus, enviado do céu, é desesperadamente necessário. Mas estamos anelantes pela graça soberana de Deus, que perscruta a alma e muda a vida, para avançarmos?
Uma avaliação honesta da igreja contemporânea revela que não estamos nem anelantes nem desejosos por um avivamento enviado do céu. Por várias razões, estamos satisfeitos com os substitutos enviados pelo homem que são inadequados e contraprodutivos e contribuem para a ineficácia da igreja contemporânea. Há um indicador infalível que demonstra se um avivamento é enviado do céu ou enviado do homem. Avivamentos enviados do homem (que não são avivamentos, e sim manipulações religiosas voltadas para o próprio homem) são caracterizados por uma preocupação com experiências pessoais momentâneas recebidas, de preferência, instantaneamente. Em contraste, um avivamento enviado do céu produz efeitos duradouros por meio de um compromisso prolongado com os meios que Deus designou para trazer avivamentos genuínos. As Escrituras e a história da igreja revelam que o que parece ser avivamento instantâneo é precedido por liderança fiel, que traz consistentemente a Palavra de Deus ao seu povo, enquanto buscam insistentemente o trono da graça em reuniões de adoração centradas em Deus.
Vemos frequentemente notáveis realizações atléticas no campo de competição, mas não vemos as horas de compromisso dedicado e disciplinado no campo prático precedendo o momento de glória. De modo semelhante, quando vemos avivamento na história e nas Escrituras, não vemos os dias, meses, anos e até décadas de liderança fiel, pregação evangélica, oração de intercessão e adoração centrada em Deus antes de irromper o glorioso avivamento. Mais profundamente, não vemos os corações desesperados do povo de Deus que compreenderam que não tinham nenhuma esperança, exceto em Cristo.
Avivamentos enviados do céu não são explosões de adoração momentâneas focalizadas em "estrelas de rock", nem são experiências efêmeras, manipuladas e sem sentido. Avivamentos enviados do céu vêm por meio de pessoas comuns que, compelidas pelo amor de Cristo, rendem tudo a Ele. O avivamento vem quando os crentes compreendem: "Sem ele, nada posso fazer", mas também: "Tudo posso naquele que me fortalece" (Fp 4.13).
Avivamentos autênticos são caracterizados por confissão de pecado compelida pelo evangelho, quando pecadores culpados concordam com Deus quanto ao disparate, à insanidade e à afronta de seu pecado. Crendo que "todos pecaram e carecem da glória de Deus" (Rm 3.23), eles também creem que a realidade não é simplesmente que "todos" pecaram, mas que "eu mesmo sou o pecador". Com profunda convicção e plena consciência, sua confissão reconhece suas tentativas de assassinar a glória de Deus. Por isso, confessam sua traição contra Deus e se regozijam em que, pela graça de Deus, eles podem confessar o pecado e render-se a Cristo como Senhor e Salvador.
O avivamento autêntico não somente traz confissão de pecado "não fingida", mas também arrependimento sincero que revela um desejo intenso de mortificar intencionalmente o pecado e seguir com zelo a santidade. Além disso, o avivamento traz a manifestação desinibida do quebrantamento e a exultação ousada da vitória em Cristo sobre o pecado, que conduz a uma nova vida de erradicar o pecado, para seguir a obediência focalizada em Cristo.
O avivamento nos leva para as alturas do monte Sinai, onde Deus revela graciosamente o nosso pecado e nos convence da necessidade de um Salvador. Contudo, a maior de todas as maravilhas é que a obra vivificadora da graça de Deus nos leva para as alturas do monte Calvário para que vejamos, pela fé, Cristo crucificado. Ali, no Calvário, vemos o Filho de Deus suspenso entre o céu e a terra para salvar-nos de nossos pecados. Ali, no Calvário, o amor de Deus em Cristo satisfez a santidade de Deus para salvar pecadores para a glória de Deus.
Portanto, eis me aqui, Senhor. "Nada em minhas mãos eu trago, somente à cruz eu me apego." Falsos avivamentos enviados do homem, fascinados com experiências pessoais momentâneas, produzidos por capricho e manipulação, perderam seu apelo. Avivamentos enviados do céu, com seus efeitos duradouros de expandir o domínio da graça de Cristo em minha vida, em meu coração e no mundo, se tornaram meu desejo. "Aviva a tua obra, ó Senhor, no decorrer dos anos" (Hc 3.2). Ó Senhor, aviva a tua obra.
Dr. Harry L. Reeder é o pastor principal da Briarwood Presbyterian Church em Birmingham (Alabama) e, com David Swavely, autor do livro From Embers to a Flame: How God Can Revitalize Your Church.
Tradução: Francisco Wellington Ferreira
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