sábado, 31 de dezembro de 2011

Feliz Ano Novo a Todos!

Um Feliz Ano Novo a todos aqueles que durante esse ano de 2011 nos visitou nesse espaço virtual(blog),amigos de perto e de longe,seguidores,que Deus muito os abençoe neste novo ano de 2012.

Em Cristo Jesus
Kleber Santos

amém......

sexta-feira, 16 de dezembro de 2011

subsidio da 13ª lição domingo 25/12/2011

Texto Básico: Neemias 1:5-11
"Assim os limpei de todos os estranhos e designei os cargos dos sacerdotes e dos levitas, cada um na sua obra, [...] Lembra-te de mim, Deus meu, para o bem"(Ne 13:30,31)

INTRODUÇÃOA integridade faz parte da vida do líder. Um líder que não é íntegro em sua vida pessoal não é um verdadeiro líder. Para que um líder seja íntegro, ele deve ser sincero, esta sinceridade é verificada em seu viver diário: nas conversações, no agir, nas finanças, no serviço.
Ao examinarmos a vida e o trabalho de Neemias, como foram retratados ao longo deste trimestre, ficamos impressionados com a inabalável lealdade e integridade desse homem em todas as situações que enfrentou. Nenhum sacrifício era demasiado grande e nenhuma tarefa era difícil demais para ele, quando tinha a certeza de qual era a vontade de Deus. Ele estava disposto a adotar quaisquer medidas para colocar em prática aquilo que tinha a certeza de ser a vontade de Deus. Em alguns momentos agiu de forma austera; ele admoestou, repreendeu, protestou, contendeu, amaldiçoou, e até mesmo arrancou os cabelos de alguns(Ne 13:25). Enfim, tornou muito difícil a vida dos impiedosos! Era um homem corajoso e um general astuto em sua luta contra o mal. Além disso, era um trabalhador incansável e um grande restaurador das coisas de Deus. Ele trabalhou duramente a favor da justiça, porem mantinha o coração terno diante do Senhor. Era um homem honesto, íntegro, convicto e piedoso. Sem dúvida, ele foi um magnífico exemplo de liderança.

I. DEUS ESCOLHE E PREPARA LIDERES PARA SUA OBRASegundo afirma J. Oswald Sanders, "líderes espirituais não são feitos mediante eleição ou nomeação por homens ou quaisquer grupos de homens, nem por reuniões eclesiásticas ou sínodos. Só Deus pode fazer líderes. O simples fato de uma pessoa ocupar um lugar de importância não a torna um líder; fazer cursos de liderança não produz líderes; a resolução de tornar-se líder não faz da pessoa um líder".[1]
"[...] todo líder deve ter a certeza de que sua tarefa foi designada por Deus e Deus está nela, pois os fardos são muitos pesados e são muitas as horas de dedicação. É importante que os que têm a responsabilidade de escolher o líder também sintam que essa é uma escolha de Deus".[2]
Existem inúmeras pessoas ocupando funções e cargos de liderança na igreja, sem, contudo, estarem habilitadas ou serem vocacionadas por Deus para isso. Pode ser familiar ou parente de quem quer que seja, pode ter dinheiro, pode ser amigo de "fulano" ou "beltrano", pode ter status social, ser influente etc., se Deus não chamou, essa liderança não produzirá os resultados (frutos) esperados.
A escolha de um líder espiritual deveria sempre ser precedida por uma "revelação" visível ou audível da parte de Deus. Um sentimento que promovesse paz e segurança para o coração daqueles que são responsáveis pela indicação de novos líderes. Mas nem sempre isto acontece. Cada vez mais, os propósitos para a indicação de líderes são norteados por interesses pessoais e egoístas por parte daqueles que são detentores do poder de indicar. Há pessoas na igreja que brigam, atropelam, pisam, morrem e matam para serem líderes. Poderão até chegar a alcançar uma posição de líder, mas nunca serão líderes de verdade.
Se você não foi escolhido por Deus para liderar Seu povo, não importa quão maravilhoso seja seu caráter, ou quão bem habilitado você está para a tarefa, você nunca se tornará um grande líder cristão. Por outro lado, tenha a absoluta certeza, de que, se você foi vocacionado pelo Senhor para ser um líder, ninguém, nem nada, poderá impedir que esse propósito de Deus se cumpra de maneira cabal em vossa vida. Pense nisso!

II. AS CARACTERISTICAS DE UM LIDER
1. Integridade espiritual.
Integridade é o proceder santo; é o caráter diferenciado do mundo e da sociedade em que vivemos; é não se conformar com os costumes e modismos que nos cercam; é seguir um padrão de comportamento Bíblico diante de uma sociedade corrupta e imoral. É acima de tudo ser fiel a Deus e à sua Palavra. Em romanos 12:2 o apostolo Paulo assim admoesta: "E não vos conformeis com este mundo, mas transformai-vos pela renovação do vosso entendimento, para que experimenteis qual seja a boa, agradável, e perfeita vontade de Deus". O apóstolo Pedro também diz: "Como filhos obedientes, não vos conformeis às concupiscências que antes tínheis na vossa ignorância"(1Pe 1:14).
Neemias foi um homem integro e temente a Deus, não se limitou a reconstruir os muros e reformar as portas de Jerusalém, mas foi usado por Deus para corrigir desmandos e desvios que estavam ocorrendo em Jerusalém. Restaurou os cultos conforme os ditames da lei de Deus. Ele reconheceu que os casamentos mistos que o povo contraiu eram prejudiciais ao fortalecimento da nação, e exortou o povo a que se separasse dessas pessoas. Em alguns momentos agiu de forma radical, como colocar guardas na entrada da cidade para impedir que houvesse comércio no sábado, mas o fez com o objetivo de tornar viva a lei de Deus para o povo. O autêntico líder espiritual conduz o povo à santidade e a um viver íntegro.
2. Integridade moral. Ter uma vida moral reta é algo que não tem preço; não se pode comprar. Tendo uma vida limpa perante Deus e das pessoas, o líder terá uma visão clara de seus alvos e objetivos; será mais fácil para ele alcançar seus objetivos. Pessoas com problemas de visão procuram um oftalmologista para corrigir o problema. Líderes com problemas em sua vida moral, terão uma visão distorcida do ministério, não mais agirão com clareza. Por isso, é fator primordial ter uma vida limpa.
3. Um testemunho irrepreensível. É indispensável que o líder exerça a sua liderança ao lado de Deus. Para isso, é necessário que o coração do líder seja inteiramente de Deus (2Cr 16:9). Seu viver deve ser irrepreensível(ler 1Tm 3:2; Tito 1:6,7). O que ele ensina em relação às verdades espirituais da Palavra de Deus, devem condizer com a verdade. Não deve acontecer de que um membro chegue diante dele e o acuse de não estar praticando o que prega, de não estar cumprindo este ou aquele outro mandamento da Palavra de Deus.
Os inimigos de Neemias tentaram denegrir a sua imagem com falsas acusações. Mas permaneceu firme em seu trabalho, não se deixando levar pelos comentários maliciosos de seus inimigos, e sempre motivando seus companheiros a que permanecessem constantes em suas posições. Ele entendeu que as falsas acusações que lhe foram enviadas eram frutos da inveja, e agiu focado em sua missão, demonstrando, cinquenta e dois dias depois, o resultado de sua fé, de seu trabalho e de sua coragem: os muros de Jerusalém reconstruídos e as portas reformadas.
Outro exemplo é o de Daniel. Ele era irrepreensível, nada havia que as pessoas pudessem falar com relação a faltas em sua vida. Sendo assim, seus inimigos tentaram achar algo para acusá-lo na lei de Deus. Nada encontraram. Por fim, tiveram que fazer algo para que ele viesse a cair, mas sua vida espiritual era tão elevada que mesmo diante do decreto do rei, ele não sucumbiu. Sua firmeza espiritual foi o seu segredo (Daniel cap. 6). Não esqueçamos que liderança é exemplo. O discurso do líder tem de ser coerente com a sua prática.
4. Exerce influencia em tudo que faz na vida das pessoas. O líder é uma pessoa cuja influência se faz sentir em todos os aspectos. Por onde quer que vá, ele é alvo de observações e por isso há de exercer uma influência na vida das pessoas que o cercam. Ele não deve procurar fazer certas coisas somente para que outras pessoas vejam que ele está fazendo, mas ele deve ter em sua mente que quando ele faz alguma coisa os outros estão observando o seu modo de fazer ou agir. Até mesmo tudo o que o líder fala, faz ou pensa serve para influenciar os seus liderados, quer positiva, quer negativamente. De uma maneira ou de outra, o líder, influenciará os seus liderados em tudo o que faz, portanto, é necessário que se tenha o máximo cuidado para não ser uma influência negativa na vida deles.

III. A VIDA DEVOCIONAL DO LIDER DE DEUS
1. A oração.
Sem oração o líder não vai a lugar algum. Não se pode conduzir o rebanho de Deus sem oração. O líder que negligencia esta ferramenta é considerado presa fácil para Satanás, por ausência do poder de Deus em sua vida. Por meio da oração, o líder busca saber a orientação de Deus para os determinados fins que aspira realizar. As vitórias são conquistadas quando os joelhos são dobrados diante de Deus. A oração é a nossa maior arma; é o maior meio que nós temos para recorrer aos recursos infinitos de Deus.
O Senhor Jesus Cristo é o nosso maior exemplo. Ele começou Seu ministério terreno em oração. Deu prosseguimento ao ministério em oração e terminou a Sua vida aqui na terra da mesma forma que iniciou, em oração (Mt 26:39-42; Lc 5:16; 22:41-44). Que belíssimo exemplo a ser seguido, imitado, almejado. O líder deve ser exemplo.
Muitas vezes, o líder se encontra sob o peso da responsabilidade da liderança para com os liderados. Esse peso pode drenar-lhe muito de suas forças e energias. Quando este se encontra sobrecarregado com o peso do ministério e as várias circunstâncias que podem estar à sua volta, provavelmente o único meio de vir a aliviar sua tensão é através da oração. A oração deve ser a base para todo líder prosseguir com o seu ministério. Sem oração não existe liderança profícua.
Neemias era um homem dedicado à oração. Orou no palácio, pedindo a Deus pela oportunidade de poder ir a Jerusalém e restaurar a cidade(ler Ne 1:5-11). Ele orou diversas vezes, rogando a Deus que o direcionasse em seus desafios, e acima de tudo, reconheceu que Deus estava dirigindo a história da restauração.
Qualquer obra que for feita deve ser em oração. Os servos de Deus, em comunhão com Ele, têm ousadia em falar com Ele, da mesma forma que Neemias teve ousadia em falar com o rei(Ne 2:1-8). A oração é uma verdadeira luta, uma luta que o obreiro de Deus deve tratar sem se cansar(1Ts 5:17). A oração deve ser como sangue que passa em nossas veias, constantemente.
2. O estudo da Palavra de Deus. Além da oração, outro aspecto que deve ser uma constante na vida espiritual diária do pastor que lidera é a leitura e o estudo da Bíblia Sagrada, que é a Palavra de Deus. A Bíblia Sagrada é a Palavra de Deus e a principal fonte de revelação da vontade de Deus para com o homem. Se queremos ter uma vida de comunhão com Deus, faz-se mister que saibamos qual é a vontade dEle para com o homem e esta vontade está estampada na Palavra de Deus.
O ponto fundamental para conhecermos o caráter e a vontade de Deus é conhecer a Sua Palavra e, por este motivo, Jesus sempre demonstrou que Seu ministério nada mais era senão o cumprimento das Escrituras (Mt 5:17,18; João 5:39; Lc 24:44-47). O estudo e o ensino da Palavra era, ao lado da pregação do Evangelho, o principal e exclusivo trabalho dos apóstolos na igreja primitiva (At 6:2,4). O apóstolo Paulo foi um líder que deu imenso valor o estudo da Palavra de Deus. Em Éfeso, ele ensinou a Palavra durante dois anos, e o ensino era diário - Leia Atos 19:8-10.
Vimos no capítulo 8 de Neemias que o povo se reuniu para ouvir a Palavra. A leitura, a explicação e a aplicação da Palavra trouxeram choro pelo pecado e alegria de Deus na vida do povo. Vimos também que a liderança reuniu-se para aprofundar-se no estudo da Palavra e o resultado foi a restauração da vida religiosa de Jerusalém. Essas reuniões de estudo aconteceram durante 24 dias (8:1-3,8,13,18; 9:1). Havia fome da Palavra. O estudo e a obediência dela trouxeram um poderoso reavivamento espiritual. Não temos nenhum outro relato bíblico de um culto tão impressionante quanto esse, quando o povo, pelo exemplo de seus líderes, reuniu-se durante um mês para estudar a Palavra e acertar a sua vida com Deus.
Através do estudo da Palavra de Deus, liderado por Esdras e Neemias, os israelitas compreenderam que se tivessem guardado a Lei do Senhor não tinham ido para o cativeiro, as cidades não tinham sido devastadas e os muros não necessitavam de reconstrução. O arrependimento pelos pecados cometidos fez com que o povo de Israel assumisse um compromisso de obedecer ao Senhor e à Sua Palavra.
O salmista alerta que a felicidade do homem está em ter prazer na lei do Senhor de dia e de noite (Sl 1:1,2) e, desde o tempo de Moisés, é dito que o segredo da própria vida espiritual é o fato de termos conhecimento e praticarmos, dia-a-dia, a Palavra do Senhor (Dt 6:1-9).
Portanto, o pastor que exerce liderança deve ser um homem que ame de verdade a Palavra de Deus, a Bíblia Sagrada. Ele não pode ler e estudar a Bíblia profissionalmente, buscando mensagem; deve lê-la e estuda-la com avidez, e respeitá-la. Ao subir ao púlpito, o povo deve ver seu amor e seu zelo pelas Escrituras. Ao expô-la, ele deve mostrar conhecimento da Bíblia e como ela se aplica à vida do povo. Para acontecer isto, o pastor deve estudá-la.
3. Adoração ao Senhor. Os nossos compromissos com Deus não devem ser apenas gerais, mas também, e, sobretudo, em áreas específicas como, por exemplo, a adoração ao Senhor. O fim principal da nossa vida é glorificar e adorar a Deus, por isso o culto deve ser o centro da nossa vida. O rev. Hernandes Dias Lopes citando John Piper diz que adoração, e não missões, é a ocupação principal da igreja, porque Deus, e não o homem, é o centro de todas as coisas. O propósito de missões é que os povos adorem o Deus vivo, que está assentado no trono do universo. Conforme disse Hernandes Dias Lopes, John Frame, escrevendo sobre adoração, afirma: "A adoração deve ser teocêntrica. Nós adoramos a Deus porque Ele supremamente merece ser adorado e deseja ser adorado. Nós adoramos para agradar a Deus e não a nós mesmos. Nesse sentido, adoração é vertical, focada em Deus. Não devemos adorar para sermos entretidos ou para melhorar a nossa auto-estima, mas para honrar nosso Senhor que nos criou e nos redimiu".
Na dedicação dos muros e portas de Jerusalém, Neemias preparou um culto especial de adoração e louvores a Deus (Ne 12:27) e ordenou que dois corais fossem à frente dos cortejos durante a celebração(Ne 12:38). O verdadeiro líder adora a Deus, porque sabe que toda a glória deve ser endereçada ao Senhor de toda a glória. Neemias adorou a Deus: "Ah! Senhor, Deus dos céus, Deus grande e terrível, que guardas o concerto e a benignidade para com aqueles que te amam e guardam os teus mandamentos!"(Ne 1:5). Deus deve ser adorado por ser quem ele é: bendito, exaltado, supremo. Diante dele os anjos se curvam. "Ora, ao Rei dos séculos, imortal, invisível, ao único Deus, seja honra e glória para todo o sempre. Amém"(1Tm 1:17).

CONCLUSAOO segredo da vitória de Neemias frente aos desafios que enfrentara, foi a sua "integridade". O verdadeiro servo de Deus deve ser um íntegro, ou seja, estar inteiramente moldado pelo Senhor. É a sinceridade (ser "sem cera", sem qualquer trinco em seu caráter), que nos permitirá vencer o mal e alcançar a vida eterna. Será que podemos repetir as palavras do apóstolo Paulo: "sede meus imitadores, como eu sou de Cristo? "(1Co 11:1). Não nos esqueçamos de que nosso Deus conhece o íntimo do homem (1Sm.16:7; Jo 2:23-25). Assim, não adianta participarmos dos cultos e demais reuniões se não formos sinceros, íntegros e tementes a Deus.
Concluindo, gostaria de dizer que há muito para se reconstruir em nossos dias, ou seja, o mundo (humanidade) está com os muros fendidos e as portas destruídas. A humanidade está em calamidade espiritual, moral e material. Deus precisa contar com mulheres e homens destemidos e determinados para refazer lares e revitalizar vidas. Aprendamos, pois, com Neemias que em momento algum retrocedeu. Não faltaram motivos para que esse servo de Deus viesse a fracassar ou desanimar com o ministério que Deus lhe havia confiado, ou seja, revitalizar a cidade de Jerusalém que estava totalmente destruída (cf Ne 2:13-17). No entanto, mesmo diante dos obstáculos foi capaz e muito perseverante em seu objetivo, buscando forças no Senhor para começar e terminar a tarefa de reconstrução da cidade. Coragem, determinação, comprometimento, motivação, amor à obra de Deus e outras qualidades foram muito importantes para o sucesso e triunfo ministerial de Neemias. Da mesma forma a liderança das igrejas locais podem muito bem ser comparadas ao trabalho de Neemias, pois o dia-a-dia de um pastor-líder é desafiador e muito desgastante. Como Neemias, o pastor enfrenta todo tipo de oposição. Apesar de tudo, o Senhor Jesus falou que: "ninguém que lança mão do arado e olha para trás é apto para o reino de Deus"(Lc 9: 62).
Aqui concluímos o estudo do precioso livro de Neemias, conforme tópicos propostos pelas lições da CPAD. Aprendi muito com a vida e obra deste grande homem de Deus. E você, o que achou?
Muito obrigado por acompanhar-me durante todo este trimestre. Espero que os subsídios tenham contribuído para otimizar suas aulas. Que Deus esteja com todos nós no decorrer do ano de 2012. Que o Espírito Santo conserve em nós a mesma integridade, sinceridade, desvelo, obediência a Palavra de Deus, dependência total dEle, e demais qualidades que fizeram de Neemias um servo amado por Deus. Que ao longo de 2012, Deus se agrade de nosso trabalho como se agradou do trabalho de Neemias. Amém?

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Elaboração: Luciano de Paula Lourenço – Prof. EBD – Assembléia de Deus – Ministério Bela Vista. Disponível no Blog: http://luloure.blogspot.com
Referências Bibliográficas:
William Macdonald – Comentário Bíblico popular(Novo Testamento).
Bíblia de Estudo Pentecostal.
Bíblia de estudo – Aplicação Pessoal.
Revista Ensinador Cristão – nº 48.
O Novo Dicionário da Bíblia – J.D.DOUGLAS.
Comentário Bíblico Beacon – CPAD.
Comentário Bíblico NVI – EDITORA VIDA.
Hernandes Dias Lopes – Neemias -o líder que restaurou uma nação.
BARNA, George (editor). Líderes em ação: sabedoria e encorajamento na arte de liderar o povo de Deus. Campinas, SP: United Press, 1999.
[1] SANDERS, J. Oswald. Liderança espiritual: os atributos que deus valoriza na vida de homens e mulheres para exercerem liderança. São Paulo: Mund Cristão, 1985.
[2] HABECKER, Eugene B. Redescobrindo a alma da liderança. São Paulo: Vida, 1998

subsidio da 12ª lição domingo 18/12/2011

Texto Básico: Neemais 13:23-29
"Não vos prendais a um jugo desigual com os infiéis; porque que sociedade tem a justiça com a injustiça? E que comunhão tem a luz com as trevas?"(2Co 6:14)

INTRODUÇÃOO casamento não é um contrato social. É a união divinamente dirigida, de um homem com uma mulher, com o objetivo de constituir família e servir e adorar a Deus. Essa união deve ser entendida no sentido amplo e abrangente; trata-se de uma união, ao mesmo tempo, espiritual, física e social.
O casamento é a única forma de união consagrada por Deus para a constituição da família, objetivando o bem-estar do ser humano em todos os aspectos da vida. Foi o próprio Deus quem instituiu o matrimônio. Na Bíblia, vemos o casamento elevado a um nível bem alto, como observamos na Epístola aos Hebreus 13.4: "Venerado seja entre todos o matrimônio e o leito sem mácula; porém, aos que se dão à prostituição, e aos adúlteros Deus os julgará".
Nesta aula estudaremos acerca do casamento misto; veremos como o cristão deve encarar o casamento, e compreender que as uniões mistas prejudicam o povo de Deus. Deus nunca aprovou a união dos israelitas com os outros povos. Todas as vezes que Israel desobedeceu à ordenança do Senhor sobre o casamento misto, sofreu duras consequências. Da mesma forma também não é da vontade de Deus o casamento entre o fiel e o infiel; a Bíblia chama isso de jugo desigual. Como pode haver comunhão genuína entre o casal, que não concorda entre si sobre questões espirituais? Diz a Bíblia: "Porventura andarão dois juntos, se não estiverem de acordo?"(Am 3:3).
I. O CASAMENTO NO ANTIGO TESTAMENTONão é de hoje que o assunto "casamento misto" vem sendo apresentado nas Escrituras como um dos grandes perigos ao Reino de Deus, desde a fundação de Israel até os dias da Igreja. Há pessoas que pensam que Deus tem em mente, proibindo os casamentos mistos, tirar a alegria de um casal que pretende se unir pelos laços do matrimônio. O que o Senhor deseja é ver preservada a comunhão com Ele. O Senhor mesmo instituiu o casamento como uma regra, mas deixou claro uma exceção: a união entre quem pertence ao povo de Deus com uma pessoa que não pertence ao povo de Deus. Deuteronômio 7:3,4 deixa claro a forma com que os israelitas deveriam se portar quando entrassem na terra prometida: não deveriam realizar pactos de paz com as nações que lá existiam, e principalmente não aparentar-se com elas. O princípio ordenado por Deus aos israelitas é que eles reconheçam o Senhor como único e verdadeiro Deus.
1. A natureza do casamento. O casamento tem por objetivo não somente a necessidade do homem de procriação e de companhia, mas também de satisfazer suas necessidades sexuais. Na cidade de Corinto a imoralidade sexual era descomedida e sem limite. E os cristãos daquela igreja, principalmente os incautos e os solteiros, corriam sério perigo em sua vida espiritual e no padrão moral familiar. Tal como era naquela cidade, acontece hoje. Por isso a recomendação de Paulo sobre a necessidade do casamento é bastante clínica: "mas, por causa da prostituição, tenha cada homem sua própria mulher e cada mulher seu próprio marido"(1Co 7:2). Este versículo mostra que o casamento trata de uma aliança monogâmica e heterossexual, comprometendo um homem e uma única mulher(Gn 1:26,27; 2:18; 3:16). Portanto, o ajuntamento homossexual é uma excentricidade e uma abominação aos olhos de Deus(ler Lv 18:22).
Também, o texto de 1Corintios 7:2 estabelece o princípio de que a ordem de Deus para seu povo permanece como sempre foi, a saber, que cada pessoa deve ter apenas um cônjuge - é o princípio da monogamia; a afirmação de que cada homem deve ter a sua própria mulher implica monogamia.
O escritor aos Hebreus diz que devemos respeitar o casamento e que este deve ser constituído "sem mácula", ou seja, sem mancha (Hb 13:4). Qual seria a mancha deste casamento? O mesmo texto que nos manda respeitar o casamento responde: a prostituição, ou seja, a impureza sexual (que envolve toda e qualquer prática sexual antes do casamento) e o adultério (que é a prática sexual de um casado com quem não é seu cônjuge).
O casamento entre o homem e uma mulher quando é realizado com amor recíproco preserva e protege a pureza moral da sociedade a partir da família.
O casamento é uma aliança, um pacto, então não deve ser quebrado. Se o nosso Deus é um Deus de aliança, e Ele não quebra nem permite quebra de aliança, também não permite que o casamento seja quebrado. Como Deus não se divorcia do seu povo, assim ele não permite que marido e mulher se divorciem. Divorciar-se é quebrar o matrimônio da Aliança. Lemos em Malaquias 2:16: "Porque o Senhor Deus de Israel diz que odeia o divórcio...".
Precisamos compreender o texto de Mateus 19:1-7 em que Jesus diz que o divórcio é proibido, mas que foi permitido por causa da dureza do coração. Deus nunca intencionou o divórcio, pois este contraria a essência do casamento como uma aliança que nunca deverá ser quebrada, anulada. Você então pergunta: Por que foi dada a permissão para o divórcio conforme Mateus 19:7? Jesus responde em Mateus 19:9: "Quem repudiar sua mulher, não sendo por causa de relações sexuais ilícitas, e casar com outra comete adultério...". Note bem que a única razão para o divórcio conforme Jesus é o adultério, e isto para proteger a parte inocente, e não para dar às pessoas uma maneira fácil de cair fora de um relacionamento desagradável. Fora do adultério, o casamento só pode ser dissolvido pela morte. Divórcio é o atestado do pecado humano.
2. Casamentos proibidos. O povo de Israel recebeu advertências enérgicas de não se misturar com as nações pagãs e idólatras que habitavam em Canaã (Dt 7:1-5). Deus havia escolhido Israel para ser o seu povo próprio, separado para Ele(ler Dt 7:6-11). Não desejava que fosse como as outras nações. Não o escolheu por ser mais numeroso (era o menor de todos os povos). Escolheu-o simplesmente porque o amava e desejava que lhe obedecesse em todas as coisas, inclusive não promovendo matrimônios com pessoas fora da sua linhagem.
Neemias usou como exemplo os erros de Salomão para ensinar o seu povo (Ne 13:26). Se um dos maiores reis de Israel caiu por causa da influência dos incrédulos, outras pessoas também poderiam cair. Neemias enxergou este principio no exemplo de Salomão. Seus dons e pontos fortes não terão beneficio algum se você falhar em lidar com suas fraquezas. Embora Salomão tenha sido um grande rei, seus casamentos com mulheres estrangeiras trouxeram uma grande tragédia para todo o seu reino (ler 1Reis cap. 11). Sob a influência de suas mulheres estrangeiras, Salomão construiu altares aos deuses estranhos, caindo assim no pecado da idolatria (ler 1Rs 11:6-8). Uma propensão ao pecado deve ser rapidamente reconhecida e tratada; caso contrario, ela pode nos dominar e derrubar. Portanto, devemos ter cuidado com as uniões que vão de encontro aos princípios estabelecidos por Deus ao seu povo, exarados na Bíblia Sagrada.
II. O CASAMENTO MISTO NO TEMPO DE NEEMIAS
1. A constatação do erro.
Não sabemos o motivo dos casamentos mistos entre os israelitas, mas sabemos que Deus se desagradara deles, e que exigia uma mudança urgente daquela situação. Neemias relata que houve consenso entre os filhos de Israel, de não entregarem suas filhas para os povos da terra, nem desses povos tomarem esposas para seus filhos (Ne 10:30). Mas quando do seu retorno à Jerusalém, constatou que havia irregularidades em muitos casamentos, até mesmo na linhagem sacerdotal (Ne 13:28); o mesmo erro que levou Salomão à queda espiritual(Ne 13:26; veja 1Rs 11:5). Ele disse: "Vi também, naqueles dias, judeus que tinham casado com mulheres asdonitas, amonitas e moabitas"(Ne 13:23). Agora, deveriam se separar dos seus cônjuges estrangeiros (Ne 13:30). Deve ter sido uma situação muito difícil para aqueles homens. Não é fácil cortar laços familiares antigos, mas Deus o exigiu, a fim de que o povo pudesse ser abençoado e cumprisse os mandamentos do Senhor. É claro que para a Igreja isso não seria aplicável (ler 1Co 7:12,13). O compêndio doutrinário da Igreja é o Novo Testamento; não estamos mais debaixo da lei, mas da Graça de Deus (cf Rm 6:14). Todavia, a admoestação do apóstolo Paulo é que os crentes devem casar "no Senhor" (cf 1Co 7:39). Isso significa, em primeiro lugar, que a pessoa cristã deve casar-se com uma pessoa, também, cristã, desde que seja "no Senhor", ou seja, "segundo a vontade do Senhor". Em outras palavras, a pessoa cristã pode casar-se com uma pessoa, também, cristã e, ainda assim, estar fora da vontade do Senhor. A pessoa deve buscar a orientação de Deus nessa importante questão e casar-se com a pessoa que Deus preparou para ela.
Entre as diversas formas com que Deus pode ser esquecido como único e verdadeiro Deus é justamente quando um de seus filhos ou filhas resolve se unir com quem não é filho dEle. Esse tipo de convivência tende a suprimir a fé de um dos cônjuges, e afastá-lo de suas crenças e culto. Essa é uma forma de se negar a Deus, e começa justamente pelos sentimentos que um(a) crente nutre por um(a) não-crente. Isto pode parecer radical para algumas pessoas hoje, mas Deus deixa claro o motivo: "pois elas fariam desviar teus filhos de mim, para que servissem a outros deuses"(Dt 7:4). Portanto, Deus, em sua sabedoria, determinou que o povo fosse preservado em sua fé também a partir do matrimonio.
2. As consequências do casamento misto. O casamento misto sempre foi um problema na história do povo de Deus. O dilúvio foi provocado quando os filhos de Deus se casaram com as filhas dos homens, ou seja, quando houve casamentos entre aqueles que serviam a Deus com aqueles que não O serviam (Gn 6:1-3). Mais tarde, quando o povo de Israel entrou na Terra Prometida, o casamento misto foi uma das causas da apostasia espiritual da nação, desaguando no cativeiro babilônico (Êx 34:16). Ao tirar Israel do Egito, Deus ordenou-lhe, de modo claro e veemente, que não se misturasse com outros povos (cf Ex 34:12,16).
O casamento misto pode provocar: conflitos conjugais, desmoronamento do lar, perda das referencias culturais e espirituais (Ne 13:23-29). Veja o que Neemias diz: "E seus filhos falavam meio asdonita e não podiam falar judaico, senão segundo a língua do povo"(Ne 13:24). O que Neemais quis dizer aqui? Perda de referencias culturais e, também, espirituais. Os filhos desses casamentos mistos não conseguiam falar a língua de Israel de forma correta, mas falavam a língua dos países dos quais um de seus pais era oriundo; isto significava que elas não estava sendo educadas no caminho de Deus(Lv 20:7), mas educadas na cultura pagã e, sem dúvida, nos seus ritos pagãos. Isso deixou Neemias bastante irritado, a ponto de agir de forma violenta contra alguns deles (Ne 13:25).
Não é muito diferente na igreja hoje. Há jovens em nossas congregações que se enamoram não crentes, imaginando que no relacionamento poderão ganhá-los para Jesus, como se o namoro fosse uma forma adequada de evangelismo. Essa "estratégia" não tem o apoio do Senhor, até porque o nosso testemunho fala mais alto quando obedecemos a Deus, e não quando o desobedecemos em assuntos tão importantes como esse.
Portanto, o motivo para proibirem o casamento misto não era racial, mas espiritual. A questão não era preconceito racial, mas pureza doutrinária. A mistura de credos levaria ao afrouxamento das relações com Deus. Esdras (Ed 9:1-3), Neemias (13:23- 29) e Malaquias (Ml 2:10-16) confrontaram esse problema de forma firme depois do cativeiro babilônico.
Os casamentos mistos foram tão sérios em Israel que até filhos de sacerdotes se casaram com mulheres estrangeiras (Ed 10:18; cf Ne 13:28). Isto quase atingiu fatalmente o coração da religião judaica. Um dos filhos de Joiada, filho do sumo sacerdote Eliasibe, casou-se com uma filha de Sambalate, o grande inimigo dos judeus (cf Ne 13:28).
Portanto, o princípio espiritual de se evitar o casamento misto é lealdade a Deus. Essas uniões mistas com estrangeiros pagãos eram condenadas pela lei (Ex 34:12-16; Dt 7:3; Ed 9:12,14), mas era permitida quando o estrangeiro era convertido a Deus. Rute, por exemplo, sendo moabita, casou-se com Boaz e tornou-se membro da família genealógica do Messias.
III. RESPONSABILIDADE MINISTERIAL ACERCA DO CASAMENTO
1. O jugo desigual.
O povo de Israel havia prometido não permitir que seus filhos se casassem com pagãos (Ne 10:30). Mas na ausência de Neemias o povo havia se casado com pagãos, desobedecendo, ostensivamente, a aliança que havia previamente firmada com Deus. Neemias ficou indignado com a desobediência do povo. A reação de Neemias foi bastante enérgica e contundente (Ne 13:25). Ele adotou várias medidas saneadoras tanto na administração da cidade quanto no exercício do santo ministério. Ele sabia que o povo jamais teria a benção de Deus se continuasse a misturar-se com os idólatras. O severo tratamento aplicado por Neemias aos israelitas que quebraram o pacto com Deus contrasta sua profunda fidelidade a Deus e a negligencia, desobediência e infidelidade do povo (ver também Esdras 10:3). O jugo desigual não era e nem é permitido.
Não podemos ignorar os perigos do jugo desigual. O apostolo Paulo, escrevendo sob a influência e inspiração do Espírito Santo, diz que precisamos nos separar dos incrédulos e não nos envolvermos em alianças ou sociedades com eles. Ele admoesta: "Não vos prendais a um jugo desigual com os infiéis; porque que sociedade tem a justiça com a injustiça? E que comunhão tem a luz com as trevas?"(2Co 6:14).
A palavra "jugo" refere-se à canga, um implemento de madeira, utilizado para prender uma junta de bois pelo pescoço e ligá-los à carroça ou ao arado. Se alguém tentasse prender um boi com uma mula por meio do jugo, o resultado seria desastroso, pois eles não trabalhariam bem em conjunto (ler Dt 22:10). Dois bois ou duas mulas seriam bons, mas as diferenças de temperamento e de tamanho entre bois e mulas não permite combinar os dois. O ponto aqui é que os crentes precisam evitar qualquer situação em que fiquem em jugo desigual com um incrédulo. Isso inclui exemplos como namoro, casamento, sociedades nos negócios, associações voluntárias (clubes, etc.) por meio das quais aqueles que não têm os mesmos valores espirituais possam exercer pressão sobre você. As amizades íntimas com as pessoas erradas também devem ser evitadas.
2. As consequências do jugo desigual. O casamento é considerado um pacto entre duas pessoas e Deus (Pv 2:17; Ml 2:14). Assim, o casamento misto(jugo desigual) corrói a própria base do casamento. O lar deve ser a base da sociedade, a estrutura sobre a qual uma nação se constrói. O Novo Testamento testemunha contra o casamento de cristãos com incrédulos. Como já frisei acima, Paulo pede aos cristãos que se casem "somente no Senhor"(1Co 7:39). Hoje, porém, como em outras épocas, alguns cristãos tentam apresentar boas justificativas, imaginando que conseguirão levar o cônjuge incrédulo a Cristo. Todavia, isso raramente acontece, e os filhos tendem a seguir o caminho do cônjuge não regenerado, à semelhança das crianças israelitas do tempo de Neemias, que não possuíam quaisquer referencias espirituais. E muitos, que no inicio era cristão, com o decorrer do tempo se tornam apóstatas por influencia do outro cônjuge descrente.
Querido irmão, tudo aquilo que não contribui em coisa alguma para nossa aproximação com Deus deve ser evitado. Portanto, quando formos meditar sobre esta ou aquela conduta, lembremo-nos que o que está em jogo é o nosso relacionamento com Deus e que Deus quer que nós nos santifiquemos.
3. Uma recomendação sempre atual. Com relação ao casamento misto, o rev. Hernandes Dias Lopes aponta três possibilidades: (1) o cônjuge incrédulo não se converter; (2) o cônjuge incrédulo converter-se; (3) o cônjuge crente afastar-se da igreja. Setenta e cinco por cento dos casamentos mistos tornam-se experiências amargas para o cônjuge crente. Você teria coragem de pegar um vôo para determinado destino sabendo que naquela rota 75% dos vôos estão caindo? Você se aventuraria num casamento misto, sabendo que 75% por cento deles estão naufragando ou enfrentando sérios problemas?
Os jovens precisam se acautelar nessa área vital da vida. Creio que todo jovem crente precisa observar alguns aspectos antes de dizer sim no altar. A pessoa com quem vai se casar já nasceu de novo? É uma pessoa que tem caráter aprovado? Ela possui valores familiares sólidos? É uma pessoa que respeita os pais? Ela respeita você? Essa pessoa ama você e demonstra isso em palavras e atitudes? Seus pais apóiam esse relacionamento? As pessoas que acompanham você testificam positivamente acerca desse relacionamento? Pense nisso!
Sejamos cautelosos e prudentes ao tomarmos decisões que influenciarão as nossas vidas para sempre. A exemplo de Neemias, oremos ao Senhor, pedindo-lhe que venha abençoar e purificar o seu povo(Ne 13:29)!
CONCLUSÃO
Água e óleo não se misturam,
porque são substancias heterogêneas. Com os casamentos mistos acontece a mesma coisa, ou seja, humanamente pode haver uma ligeira impressão de unidade, mas Deus não vê assim. Isto significa que casamentos, cujos cônjuges professam fé diferente e que não tem a Bíblia como regra de fé e pratica é como água e óleo num mesmo recipiente, não há unidade. Como andarão juntos se não professam a mesma fé? Qual educação religiosa prevalecerá em relação aos filhos? Em que tipo de fé serão ensinados? Sigamos,a ordem do Senhor de não contrair matrimonio com os infiéis, para que tenhamos uma família abençoada por Ele. Amém?
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Elaboração: Luciano de Paula Lourenço – Prof. EBD – Assembléia de Deus – Ministério Bela Vista. Disponível no Blog: http://luloure.blogspot.com
Referências Bibliográficas:
William Macdonald – Comentário Bíblico popular(Novo Testamento).
Bíblia de Estudo Pentecostal.
Bíblia de estudo – Aplicação Pessoal.
Revista Ensinador Cristão – nº 48.
O Novo Dicionário da Bíblia – J.D.DOUGLAS.
Comentário Bíblico Beacon – CPAD.
Comentário Bíblico NVI – EDITORA VIDA.
Hernandes Dias Lopes – Neemias -o líder que restaurou uma nação
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quarta-feira, 7 de dezembro de 2011

subsidio da lição nº11-de domingo 2011 ( 2º parte)

Deveriam os Cristãos
Guardar o Sábado Hoje em Dia?


O Que a Bíblia Diz?

No Velho Testamento, Deus ordenou aos israelitas que santificassem o dia do sábado e não trabalhassem nesse dia. Deveriam os cristãos de hoje, também, descansar e adorar no dia do sábado? Muitos grupos religiosos (Adventistas do Sétimo Dia, por exemplo) ensinam que deveríamos. O que a Bíblia diz?

Em Êxodo 20:8-11 Deus ordenou aos judeus que guardassem o dia do sábado (veja nota 1). No Novo Testamento, vemos que as leis do Velho Testamento eram para continuar somente até a morte de Cristo. (Nas passagens seguintes, a ênfase está acrescentada para esclarecer o sentido).

Efésios 2:14-15
"Porque ele é a nossa paz, o qual de ambos fez um; e, tendo derrubado a parede da separação que estava no meio, a inimizade, aboliu na sua carne a lei dos mandamentos na forma de ordenanças, para que dos dois criasse em si mesmo um novo homen, fazendo a paz." Esta passagem mostra que Cristo aboliu a "lei dos mandamentos". Desde que a guarda do sábado era um destes mandamentos, e não foi incluída no Novo Testamento, não necessitamos guardar o sábado.

Romanos 7:4-7
"Assim, meus irmãos, também vós morrestes relativamente à lei, por meio do corpo de Cristo, para pertencerdes a outro, a saber, aquele que ressuscitou dentre os mortos, e deste modo frutifiquemos para Deus. Porque, quando vivíamos segundo a carne, as paixões pecaminosas postas em realce pela lei, operavam em nossos membros a fim de frutificarem para a morte. Agora porém, libertados da lei, estamos mortos para aquilo a que estávamos sujeitos, de modo que servimos em novidade de espírito e não na caducidade da letra. Que diremos pois? É a lei pecado? De modo nenhum. Mas eu não teria conhecido o pecado, senão por intermédio da lei; pois não teria eu conhecido a cobiça, se a lei não dissera: Não cobiçarás." Esta passagem claramente diz que morremos para a lei e estamos, portanto, "libertos da lei". A lei de que Paulo falava incluía os dez mandamentos, porque no versículo 7 ele citou: "Não cobiçarás" como uma das leis. (Veja Nota 2).

2 Coríntios 3:6-11
"O qual nos habilitou para sermos ministros de uma nova aliança, não da letra, mas do espírito; porque a letra mata, mas o espírito vivifica. E se o ministério da morte, gravado com letras em pedras, se revestiu de glória, a ponto de os filhos de Israel não poderem fitar a face de Moisés, por causa da glória do seu rosto, ainda que desvanecente, como não será de maior glória o ministério do Espírito? Porque se o ministério da condenação foi glória, em muito maior proporção será glorioso o ministério da justiça. Porquanto, na verdade, o que outrora foi glorificado, neste respeito já não resplandece, diante da atual sobreexcelente glória. Porque, se o que se desvanecia teve sua glória, muito mais glória tem o que é permanente." Aqui Paulo está comparando o ministério da morte e da condenação com o ministério do Espírito e da justiça. O ministério da morte estava desaparecendo, mas o ministério do Espírito estava continuando. Mas qual era o ministério da morte e da condenação que estava desaparecendo? Era o ministério "gravado com letras nas pedras". Se cremos no Novo Testamento, temos que acreditar que a revelação escrita nas pedras, no Velho Testamento (os dez mandamentos), já morreu. Esta passagem afirma isso claramente.

Gálatas 3:15-5:4
Gálatas 3:19­ "Qual, pois, a razão de ser da lei? Foi adicionada por causa das transgressões, até que viesse o descendente a quem se fez a promessa, e foi promulgada por meio de anjos, pela mão de um mediador." Se a lei foi acrescentada até que Cristo veio, então o domínio da lei parou quando Cristo veio.

Gálatas 3:24-25­ "De maneira que a lei nos serviu de aio para nos conduzir a Cristo, a fim de que fôssemos justificados por fé. Mas, tendo vindo a fé, já não permanecemos subordinados ao aio." A lei foi nosso instrutor, para levar-nos a Cristo, mas agora que Cristo veio, "já não permanecemos subordinados ao instrutor".

Gálatas 4:1-5­ "Digo, pois, que durante o tempo em que o herdeiro é menor, em nada difere de escravo, posto que é ele senhor de tudo. Mas está sob tutores e curadores até ao tempo predeterminado pelo pai. Assim também nós, quando éramos menores, estávamos servilmente sujeitos aos rudimentos do mundo; vindo, porém, a plenitude do tempo, Deus enviou seu Filho, nascido de mulher, nascido sob a lei, para resgatar os que estavam sob a lei, a fim de que recebêssemos a adoção de filhos." A lei foi dada para a infância do povo de Deus. Cristo veio para nos adotar como filhos e redimir-nos da lei.

Gálatas 4:24,31­ "Estas cousas são alegóricas: porque estas mulheres são duas alianças; uma, na verdade, se refere ao monte Sinai, que gera para escravidão; esta é Hagar. . . . E assim, irmãos, somos filhos não da escrava, e, sim, da livre." Neste trecho, Paulo compara a lei dada no Sinai com Hagar (a mulher escrava), e a nova aliança com Sara (a esposa livre). Ele diz claramente que somos da mulher livre e não da mulher escrava. Portanto, estamos sob a nova aliança e não sob a aliança do Monte Sinai, que incluiu os dez mandamentos. Por favor, estude cuidadosamente este assunto, por completo.

Gálatas 5:4­ "De Cristo vos desligastes vós que procurais justificar-vos na lei, da graça decaístes." A conseqüência da volta para a lei é que decaímos da graça.

Hebreus 7-10
Hebreus 7:12­ "Pois, quando se muda o sacerdócio, necessariamente há também mudança de lei." A lei foi mudada.

Hebreus 7:18-19­ "Portanto, por um lado, se revoga a anterior ordenança, por causa de sua fraqueza e inutilidade (pois a lei nunca aperfeiçoou cousa alguma) e, por outro lado, se introduz esperança superior, pela qual nos chegamos a Deus." A antiga aliança foi revogada.

Hebreus 8:7-13­ "Porque, se aquela primeira aliança tivesse sido sem defeito, de maneira alguma estaria sendo buscado lugar para segunda. E, de fato, repreendendo-os, diz: Eis aí vêm dias, diz o Senhor, e firmarei nova aliança com a casa de Israel e com a casa de Judá, não segundo a aliança que fiz com seus pais, no dia em que os tomei pela mão, para os conduzir até fora da terra do Egito; pois eles não continuaram na minha aliança, e eu não atentei para eles, diz o Senhor. Porque esta é a aliança que firmarei com a casa de Israel, depois daqueles dias, diz o Senhor. Nas suas mentes imprimirei as minhas leis, também sobre os seus corações as inscreverei; e eu serei o seu Deus, e eles serão o meu povo. E não ensinará jamais cada um ao seu próximo, nem cada um ao seu irmão dizendo: Conhece ao Senhor; porque todos me conhecerão, desde o menor deles até ao maior. Pois, para com as suas iniqüidades usarei de misericórdia, e dos seus pecados jamais me lembrarei. Quando ele diz Nova, torna antiquada a primeira. Ora, aquilo que se torna antiquado e envelhecido, está prestes a desaparecer." Temos uma nova aliança. Por que voltar para a velha?

Hebreus 9:4­ "Ao qual pertencia um altar de ouro para o incenso, e a arca da aliança totalmente coberta de ouro, na qual estava uma urna de ouro contendo o maná, a vara de Arão, que floresceu, e as tábuas da aliança." A aliança a que ele tem se referido inclui as "tábuas da aliança": os dez mandamentos.

Colossenses 2:16-17
"Ninguém, pois, vos julgue por causa de comida e bebida, ou dia de festa, ou lua nova, ou sábados, porque tudo isso tem sido sombra das cousas que haviam de vir; porém o corpo é de Cristo." Talvez seja este o texto mais importante de toda esta discussão, porque ele claramente menciona o dia do sábado como parte da sombra que foi substituída por Cristo. (Veja Notas 3 e 4). O sábado não é, para nós, hoje, mais parte do padrão de Deus do que a conservação do festival da lua nova. Ambos foram partes da aliança do Velho Testamento, que foi substituída pela nova aliança de Cristo.

Os cristãos de hoje têm que seguir o Novo Testamento, que não ordena que qualquer dia seja completamente posto de lado como um dia de descanso, mas sim, mostra o padrão dos cristãos reunindo-se para adorar juntos nos domingos (Atos 20:7; 1 Coríntios 16:1:2). (Veja Notas 5 e 6).

Nota 1
O sábado era só para os judeus.
Muitas passagens mostram que o mandamento para guardar o sábado foi dado somente aos judeus. Por exemplo:

· Êxodo 31:12-18­ "Disse mais o Senhor a Moisés: Tu, pois, falarás aos filhos de Israel, e lhes dirás: Certamente guardareis os meus sábados; pois é sinal entre mim e vós nas vossas gerações; para que saibais que eu sou o Senhor, que vos santifica. Portanto guardareis o sábado, porque é santo para vós outros: aquele que o profanar, morrerá; pois qualquer que nele fizer alguma obra será eliminado do meio do seu povo. Seis dias se trabalhará, porém o sétimo dia é o sábado do repouso solene, santo ao Senhor; qualquer que no dia do sábado fizer alguma obra morrerá. Pelo que os filhos de Israel guardarão o sábado, celebrando-o por aliança perpétua nas suas gerações. Entre mim e os filhos de Israel é sinal para sempre; porque em seis dias fez o Senhor os céus e a terra, e ao sétimo dia descansou e tomou alento. E, tendo acabado de falar com êle no monte Sinai, deu a Moisés as duas tábuas do testemunho, tábuas de pedra, escritas pelo dedo de Deus." Aqui ele afirmou que o sábado era entre Deus e os filhos de Israel.

· Deuteronômio 5:1-3, 12­ "Chamou Moisés a todo o Israel, e disse-lhe: Ouvi, ó Israel, os estatutos e juízos que hoje vos falo aos ouvidos, para que os aprendais e cuideis em os cumprirdes. O Senhor nosso Deus fez aliança conosco em Horebe. Não foi com nossos pais que fez o Senhor esta aliança, e, sim, conosco, todos os que hoje aqui estamos vivos...Guarda o dia de sábado, para o santificar, como te ordenou o Senhor teu Deus." A aliança que incluía o dia do sábado foi exclusivamente feita com os israelitas e com ninguém mais.

· Ezequiel 20:10-12­ "Tirei-os da terra do Egito e os levei para o deserto. Dei-lhes os meus estatutos, e lhes fiz conhecer os meus juízos, os quais cumprindo-os o homem, viverá por eles. Também lhes dei os meus sábados, para servirem de sinal entre mim e eles, para que soubessem que eu sou o Senhor que os santifica." Aqueles a quem a lei do sábado foi dada foram o povo de Israel, aqueles que foram resgatados do Egito.

Às vezes, os adventistas mostram que Deus descansou no sétimo dia da criação (Gênesis 2:1-3). E daí eles deduzem que aos homens foi ordenado que guardassem o sábado desde o tempo da criação. Mas nenhuma passagem afirma isso. De fato, a primeira vez que lemos sobre homens guardando o sábado, ou um mandamento para os homens guardarem o sábado, é em Êxodo 16, depois que Moisés tinha guiado os israelitas para fora do Egito. Gênesis 2 mostra que Deus descansou no sétimo dia, mas não ordena que os homens guardem o sétimo dia. De fato, a Bíblia nunca ordenou aos gentios que guardassem o sábado ­ somente os judeus ­ desde o tempo de Moisés até Cristo.

Nota 2:
Há diferença entre lei moral e lei cerimonial?
O Novo Testamento mostra que os cristãos não estão mais sob a obrigação de guardar a lei do Velho Testamento. Os adventistas e outros tentam escapar do significado destes textos, inventando a diferença entre a lei moral, que eles chamam a lei de Deus, e a lei cerimonial, que eles chamam a lei de Moisés. Normalmente, eles ensinam que a lei cerimonial foi abolida por Cristo (assim não guardamos a Páscoa nem oferecemos sacrifícios de animais) mas a lei moral ainda está vigente. Esta distinção não está na Bíblia.

A Bíblia usa as expressões lei do Senhor e lei de Moisés, sem fazer distinção, nos mesmos casos:

· 2 Crônicas 34:14­ "Quando se tirava o dinheiro que se havia trazido à casa do Senhor, Hilquias, o sacerdote, achou o Livro da Lei do Senhor, dada por intermédio de Moisés."

· Esdras 7:6­ "Ele era escriba versado na lei de Moisés, dada pelo Senhor Deus de Israel; e, segundo a boa mão do Senhor seu Deus, que estava sobre ele, o rei lhe concedeu tudo quanto lhe pedira."

· Neemias 8:1, 8, 14, 18­ "Em chegando o sétimo mês, e estando os filhos de Israel nas suas cidades, todo o povo se ajuntou como um só homem, na praça, diante da Porta das Águas; e disseram a Esdras, o escriba, que trouxesse o livro da lei de Moisés, que o Senhor tinha prescrito a Israel. . . . Leram no Livro, na lei de Deus, claramente, dando explicações, de maneira que entendessem o que se lia. . . . Acharam escrito na lei que o Senhor ordenara, por intermédio de Moisés, que os filhos de Israel habitassem em cabanas, durante a festa do sétimo mês. . . . Dia após dia leu Esdras do livro da lei de Deus, desde o primeiro dia até ao último; e celebraram a festa por sete dias; no oitavo dia houve uma assembléia solene, segundo o prescrito."

· Neemias 10:29­ "Firmemente aderiram a seus irmãos, seus nobres convieram numa imprecação e num juramento, de que andariam na lei de Deus, e que foi dada por intermédio de Moisés, servo de Deus; de que guardariam e cumpririam todos os mandamentos do Senhor, nosso Deus, e os seus juízos e os seus estatutos."

Em diversas ocasiões,"mandamentos cerimoniais" eram chamados de lei do Senhor: Sacrifícios de animais, sacerdócio, dias de festas (2 Crônicas 31:3-4), a festa dos tabernáculos (Neemias 8:13-18), a consagração dos primogênitos e as oferendas para purificação depois do parto (Lucas 2:23-24). Em outras ocasiões, as leis morais eram ditas como vindo de Moisés. Por exemplo, o mandamento para honrar os pais (Marcos 7:10). Para simplificar, a distinção entre a lei cerimonial de Moisés e a lei de Deus é uma invenção da teologia adventista. Não é encontrada na Bíblia.

Nota 3:
O dia do sábado de Colossenses 2:16 é o sábado semanal.

Algumas vezes, quando confrontados com Colossenses 2:16, que ensina que o dia do sábado foi uma parte da sombra que foi substituída por Cristo, os adventistas replicam que Colossenses 2:16 está se referindo aos "sábados anuais", e não aos "sábados semanais." A verdade é que o termo sábado é usado na Bíblia quase exclusivamente para os sábados semanais e é a própria palavra usada pelo Senhor quando ele deu os dez mandamentos. A única festa anual, para a qual a palavra sábado foi aplicada, é o Dia da Expiação (Levítico 16:31-32).

Olhem cuidadosamente a lista dos tipos de "sombra" em Colossenses 2:16: "comida e bebida, ou dia de festa, ou lua nova, ou sábados". Depois de mencionar comida e bebida, ele (Paulo) também menciona festas (celebrações anuais), lua nova (celebrações mensais) e sábados (celebrações semanais). [E, interessante, muitos adventistas tentam manter as mesmas regras do Velho Testamento sobre comida (estude Marcos 7:19 e Atos 10:9-16)]. Repetidamente, este agrupamento anual, mensal e semanal (às vezes diário) de festas é feito na Bíblia:

· 1 Crônicas 23:30-31­ "Deviam estar presentes todas as manhãs para renderem graças ao Senhor, e o louvarem; e da mesma sorte à tarde. E para cada oferecimento dos holocaustos do Senhor, nos sábados, nas luas novas, e nas festas fixas, perante o Senhor, segundo o número determinado."

· 2 Crônicas 2:4­ "Eis que estou para edificar a casa ao nome do Senhor meu Deus e lha consagrar, para queimar perante ele incenso aromático, e lhe apresentar o pão contínuo da proposição, e os holocaustos da manhã e da tarde, nos sábados, nas luas novas e nas festividades do Senhor nosso Deus; o que é obrigação perpétua para Israel."

· 2 Crônicas 8:13­ "E isto segundo o dever de cada dia, conforme o preceito de Moisés, nos sábados, nas luas novas e nas festas fixas, três vezes no ano: na festa dos pães asmos, na festa das semanas e na festa dos tabernáculos."

· 2 Crônicas 31:3­ "A contribuição que fazia o rei da sua própria fazenda era destinada para os holocaustos, para os da manhã e os da tarde, e para os holocaustos dos sábados, das luas novas e das festas fixas, como está escrito na lei do Senhor."

· Neemias 10:33­ "Para os pães da proposição, e para a contínua oferta de manjares, e para o contínuo holocausto dos sábados, das luas novas, para as festas fixas, e para as cousas sagradas, e para as ofertas pelo pecado, para fazer expiação por Israel, e para toda a obra da casa do nosso Deus."

· Ezequiel 45:17­ "Estarão a cargo do príncipe os holocaustos, e as ofertas de manjares, e as libações, nas festas, nas luas novas e nos sábados, em todas as festas fixas da casa de Israel: ele mesmo proverá a oferta pelo pecado, e a oferta de manjares, e o holocausto, e os sacrifícios pacíficos, para fazer expiação pela casa de Israel."

· Oséias 2:11­ "Farei cessar todo o seu gozo, as suas festas, as suas luas novas, os seus sábados e todas as suas solenidades."

Paulo usa o mesmo agrupamento em Colossenses 2:16. Por que haveria alguém de torcer suas palavras para fazer com que significasse festas anuais quando ele fala de sábados?

Nota 4:
O significado espiritual do sábado

O dia do sábado era uma sombra da realidade espiritual trazida por Cristo (Colossenses 2:16-17). O sábado significa descanso e libertação do trabalho: Cristo trouxe o descanso e a libertação do pecado. Jesus é o descanso para o qual a sombra do sábado apontava (Mateus 11:28-30). Mesmo a libertação e o descanso que Jesus nos dá agora são apenas uma antecipação do descanso verdadeiro que os cristãos experimentarão no céu (Hebreus 4:9).

Nota 5:
Os primeiros cristãos adoravam no domingo

Duas passagens mostram claramente que os primeiros cristãos adoravam nos domingos:

· Atos 20:7­ "No primeiro dia da semana, estando nós reunidos com o fim de partir o pão, Paulo que devia seguir de viagem no dia imediato, exortava-os e prolongou o discurso até à meia-noite." Notem que este dia era um domingo. Os adventistas argumentam que esta reunião era na noite de sábado, mas as Escrituras dizem que era no primeiro dia da semana. Notem também que o propósito da reunião deles era partir o pão. Nesse trecho, e referindo a outras passagens (Atos 2:42; 1 Coríntios 10:16; 11:18-34), está claro que isto se refere à Ceia do Senhor. Os adventistas argumentam que eles se reuniram porque Paulo partiria no dia seguinte, mas o trecho diz que eles se reuniram para partir o pão.

· 1 Coríntios 16:1-2­ "Quanto à coleta para os santos, fazei vós também como ordenei às igrejas da Galácia. No primeiro dia da semana cada um de vós ponha de parte, em casa, conforme a sua prosperidade, e vá juntando, para que se não façam coletas quando eu for." Os primeiros cristãos, aqui, contribuíam com seu dinheiro no primeiro dia da semana. Por que seria feita a coleta no domingo, se os cristãos não se reunissem nesse dia?

Nota 6:
Respondendo a objeções

· Jesus guardou o sábado. Certamente que sim. Jesus era um judeu nascido sob a lei (Gálatas 4:4) e portanto obedeceu a todas as leis do Velho Testamento. Jesus foi circuncidado, ordenou a entrega de oferendas ao sacerdote, pela purificação, guardou a Páscoa, etc. (Lucas 2:21; 5:12-14; Mateus 26:18-19). Mas quando Jesus morreu, ele inaugurou a nova aliança e revogou a velha. Se o fato que Jesus guardou a Páscoa não prova que nós também deveríamos guardá-la, então o fato que Jesus guardou o sábado não prova que nós deveríamos guardá-lo também.

· Paulo guardou o sábado. As Escrituras não ensinam isto. Havia um número de ocasiões em que Paulo ensinou em sinagogas, no sábado (Atos 18:4, por exemplo). O sábado era o dia quando as pessoas se juntavam na sinagoga e Paulo aproveitou-se dessas oportunidades para ensinar muitas pessoas. Se eu tivesse permissão para ensinar lá, eu haveria de ir a assembléias adventistas todos os sábados. Mas a ida de Paulo às sinagogas, para ensinar no sábado, não prova que ele guardou o sábado como um dia santo de descanso.

· Para sempre. No Velho Testamento, o sábado era "por aliança perpétua nas suas gerações" e "entre mim e os filhos de Israel é sinal para sempre" (Êxodo 31:16-17). Os adventistas argumentam que estes termos mostram que a guarda do sábado semanal nunca terminará (descansaremos no céu, também?). Mas o verdadeiro significado de "para sempre" e "perpétua", neste trecho, é limitado por "nas suas gerações". Estas expressões significam "duração de uma era". Outros mandamentos do Velho Testamento foram "para sempre": por exemplo, a Páscoa (Êxodo 12:24). Muitos mandamentos do Velho Testamento foram "perpétuos": a queima do incenso (Êxodo 30:21), o sacerdócio Levítico (Êxodo 40:15), as ofertas de paz (Levítico 3:17), a parte dos sacerdotes nos sacrifícios (Levítico 6:18, 22; 7:34, 36), o sacrifício anual de animais pela expiação dos pecados (Levítico 16:29, 31,34), etc. Os adventistas, normalmente, não ensinam que sacrifícios de animais, queima de incenso ou a guarda da páscoa têm que ser continuados hoje; porque, entã, deveriam eles argumentar que a guarda do sábado tem que ser continuada hoje?

· Jesus não veio para revogar a lei. Mateus 5:17-18 diz: "Não penseis que vim revogar a lei ou os profetas: não vim para revogar; vim para cumprir. Porque em verdade vos digo: Até que o céu e a terra passem, nem um i ou um til jamais passará da lei, até que tudo se cumpra." Neste trecho, Jesus está ensinando que seu propósito não era contra a lei. Ele não veio para demolir ou destruir a lei. De fato, Ele era o cumprimento da lei. A lei predisse a vinda de Cristo e a nova aliança que ele haveria de trazer. Esta passagem não está, certamente, ensinando que cada "i" ou "til" da lei obrigaria para sempre; nem os adventistas afirmam isso. Mas em vez disso, que toda a lei e os profetas haveriam de desempenhar suas funções propostas, até o seu cumprimento.

· Jesus disse para orarem para que sua fuga não fosse no sábado. Mateus 24:20 diz: "Orai para que a vossa fuga não se dê no inverno, nem no sábado." Nesse trecho, Jesus estava considerando a iminente destruição de Jerusalém. Ele deu aos seus discípulos o sinal pelo qual eles poderiam saber quando a hora de fugir houvesse chegado. E ele os aconselhou a orar para que sua fuga não viesse em um tempo difícil. Havia várias razões porque seria mais difícil fugir no sábado. Normalmente, os judeus trancavam as portas da cidade no sábado, e poderiam ser impedidos em sua fuga por judeus fanáticos; o sábado dificultaria a capacidade dos cristãos para comprar os mantimentos necessários para a fuga. Quando Jesus os avisou para que orassem para que a fuga não fosse num dia de sábado ou no inverno, ele não estava admitindo que os cristãos deveriam guardar o sábado, mais do que deveriam guardar o inverno.

· O papa mudou o sábado. Quando os argumentos da Bíblia lhes falham, os adventistas gostam de tentar provar que os primeiros cristãos guardavam o sábado, mas que esta guarda foi mais tarde mudada para o domingo, pela igreja católica. Mesmo descontando a evidência da Bíblia, esta afirmação pode ser desmentida historicamente. Tanto Inácio como Justino Mártir se referem aos cristãos adorando no domingo e eles escreveram no segundo século, muito antes de haver um papa ou uma igreja católica. Mas pesquisar através de documentos históricos é desnecessário. A Bíblia decide a questão e isso deveria ser suficiente para aqueles que têm fé em Deus.

por: Gary Fisher

Fonte:www.cacp.org.br

subsidio da lição nº11- de domingo 11/12/11

Porque não precisamos
guardar o Sábado




Simplesmente porque...

– O Sábado faz parte de um concerto ou pacto entre Deus e o povo israelita:

“Guardarão, pois, o sábado os filhos de Israel, celebrando-o nas suas gerações como pacto perpétuo. Entre mim e os filhos de Israel será ele um sinal para sempre; porque em seis dias fez o Senhor o céu e a terra, e ao sétimo dia descansou, e achou refrigério” (Ex.31:16).

“Lembra-te (povo hebreu) de que foste servo na terra do Egito, e que o Senhor teu Deus te tirou dali com mão forte e braço estendido; pelo que o Senhor teu Deus te ordenou que guardasses o dia do sábado” (Dt. 5:15, parênteses do autor).


– Antes do concerto do Sinai Deus não ordenou a ninguém que guardasse o Sábado:

“E ao homem disse: Porquanto deste ouvidos à voz de tua mulher, e comeste da árvore de que te ordenei dizendo: Não comerás dela; maldita é a terra por tua causa; em fadiga comerás dela todos os dias da tua vida” (Gn.3:17); “Pois todos quantos são das obras da lei estão debaixo da maldição; porque escrito está: Maldito todo aquele que não permanece em todas as coisas que estão escritas no livro da lei, para fazê-las”Gl.3:10); “Guardais dias(no caso o Sábado), e meses, e tempos, e anos. Temo a vosso respeito não haja eu trabalhado em vão entre vós” (Gl.4:10-11, parêntesis nosso); “ concluímos pois que o homem é justificado pela fé sem as obras da lei” (Rm.3:28).

– Jesus Cristo foi a última pessoa que teve obrigação de guardar a Lei e o Sábado:

“mas, vindo a plenitude dos tempos, Deus enviou seu Filho, nascido de mulher, nascido debaixo de lei, para resgatar os que estavam debaixo de lei, a fim de recebermos a adoção de filhos”(Gl.4:4-5; Rm. 10:4).

– O Sábado faz parte da lei e esta foi por Cristo abolida totalmente:

“... e havendo riscado o escrito de dívida que havia contra nós nas suas ordenanças, o qual nos era contrário, removeu-o do meio de nós, cravando-o na cruz”(Cl.2:14); “mas o entendimento lhes ficou endurecido. Pois até o dia de hoje, à leitura do velho pacto (a Lei), permanece o mesmo véu, não lhes sendo revelado que em Cristo é ele (a Lei e tudo o que nela está incluído, no nosso caso o Sábado) abolido” (II Cor.3:14). { Grifo do autor}.

Os adventistas, para imporem a obrigatoriedade da guarda do Sábado, se valem de argumentos infundados estabelecendo uma distinção entre a Lei Moral e Lei Cerimonial, Lei de Deus e Lei de Moisés, dizendo que a Lei Moral ou lei de Deus se restringe aos 10 mandamentos e continuará para sempre, e que a Lei de Moisés ou Lei cerimonial abrange o Pentateuco escrito por Moisés e foi abolida. Essa distinção é imprópria e inescriturística.

Vejamos:

- “E chegado o sétimo mês, e estando os filhos de Israel nas suas cidades, todo o povo se ajuntou como um só homem, na praça, diante da porta das águas; e disseram a Esdras, o escriba, que trouxesse o Livro da Lei de Moisés” (Ne.8:1). Observe a expressão “o livro da Lei de Moisés”. Este mesmo livro, denominado de “Lei de Moisés” é, a seguir, assim chamado: “E leram no livro, na Lei de Deus; e declarando e explicando o sentido, faziam que, lendo, se entendesse”; “E acharam escrito na Lei que o Senhor ordenará, pelo ministério de Moisés, ...”(Ne.8:8; 8:14)

- “Pois Moisés disse: Honra a teu pai e a tua mãe; e: Quem maldisser ao pai ou à mãe, certamente morrerá”(Mc.7:10).
Ora, nós sabemos pôr Êx. 20:12 que se trata do quinto mandamento, e, no entanto se diz que “Moisés disse”.

- “Não vos deu Moisés a lei? No entanto nenhum de vós cumpre a lei. Por que procurais matar-me?” (Jo. 7:19). Onde a Lei proíbe o homicídio? Em Êx. 20:13, dentro dos dez mandamentos. O decálogo é chamado por Jesus de Lei de Moisés.

O apóstolo Paulo chama o decálogo de Lei; “... pois não teria eu conhecido a cobiça, se a lei não dissera” (Rm.7:7). Para o apóstolo Lei mosaica e decálogo eram a mesma coisa.

Essa divisão da lei em duas é artificial, sem qualquer apoio bíblico, mas fundamental para impor a guarda do Sábado na doutrina Adventista.


– Estamos em um novo concerto muito melhor, fazendo-se necessário à mudança da Lei:

“Mas agora alcançou ele (Jesus) ministério tanto mais excelente quanto é mediador de um melhor pacto (aliança ou concerto), o qual está firmado sobre melhores promessas” (Hb. 8:6). {Grifo meu}

Faz-se, aqui, necessário uma explicação sobre o nosso novo concerto e a mudança da Lei. Foi o próprio Cristo que instituiu a nova aliança (Mt.26:28) trazendo assim uma nova concepção da vida espiritual que Deus quer que tenhamos. Isso foi tão profundo que os judeus não entenderam e nem aceitaram. A lei dizia: “olho por olho, e dente por dente”. Jesus disse: “não resistais ao mal; mas se qualquer te bater na face direita, oferece-lhe também a outra” (Mt.5:38-39). A mudança que foi feita não exclui nem um til da lei (Mt.5:18), mas uma concepção mais profunda da mesma. Isso nem os Judeus e muito menos os Adventistas entendem. Quanto ao Sábado, a Lei dizia que deveria ser guardado e santificado (Ex.20:8), mas no novo pacto isso muda e o que tem que ser guardado e santificado é o povo de Deus, não só em um dia da semana, mas nos sete. Isso é pelo fato do Sábado ser feito para o homem e não o homem para ser escravo do Sábado (Mc.2:27-28). Todos os dias para os cristãos têm que ser santo e especial, pois em qualquer um desses dias Jesus pode voltar (Mc.13:32). A nova concepção do Sábado é muito mais profunda do que qualquer sabatista possa querer explicar, pois muitas são as mudanças na visão dessa lei da guarda do Sábado. Em Hebreus (capítulo 4) Jesus é o próprio Sábado e é claro que o Senhor reina em todos os dias. Para a Igreja o Sábado, que era o dia da santificação, tornou-se todos os dias. É uma pena que os Adventistas e sabatistas consagrem apenas um dia para o Senhor, pois A IGREJA DE CRISTO CONSAGRA TODOS OS DIAS PARA O SEU SENHOR.

Explica o seguinte o Dr. G. Archer sobre essa problemática: “...a verdadeira questão é se a ordem sobre o sétimo dia, o Sábado do Senhor, foi transferida (Hb.7:12), no NT, para o primeiro dia da semana, o Domingo, que a igreja em geral honra como o dia do Senhor. De fato, ele é também conhecido como Sábado cristão. O âmago ou cerne da pregação apostólica ao mundo gentio e judaico, a partir do pentecostes era a ressurreição de Jesus (At.2:32). O ressurgimento de Cristo era a comprovação de Deus, perante o mundo, de que o salvador da humanidade havia pago o preço válido e suficiente pelos pecadores e havia superado a maldição da morte. O sacrifício expiatório eficaz de Jesus e sua vitória sobre a maldição da morte introduziu uma nova época ou dispensação da Igreja (Ef.1:10). Assim como a ceia do Senhor(I Cor.11:23-34) substituiu a Páscoa (Mt.26:17-30; Lc.22:7-23), na antiga aliança – “Porque isto é o meu sangue, o sangue do Novo Testamento (novo concerto, pacto, aliança)”. A morte de Cristo substituiu o sacrifício de animais no altar (Jo.19:30, Cf. Lv.), o sacerdócio arônico (Êx.28) foi substituído pelo sacerdócio supremo de Jesus “segundo a ordem de Melquisedeque”(Hb.7) e fez com que cada crente se torna-se um sacerdote (Ap.1:5). Também o quarto mandamento, dentre os dez, que pelo menos em parte tinha natureza cerimonial (Cl.2:16-17), deveria ser substituído por outro símbolo, mais apropriado à nova dispensação - O DOMINGO “Dia do Senhor”. (Enciclopédia de Dificuldades Bíblicas, pág. 125)

– No novo concerto, sob qual estamos (Hb. 8:6), não existe mandamento para guardar o Sábado embora encontremos todos os outros do decálogo.

Leiamos:

“Perguntou-lhe ele: Quais? Respondeu Jesus: Não matarás; não adulterarás; não furtarás; não dirás falso testemunho; honra a teu pai e a tua mãe; e amarás o teu próximo como a ti mesmo. Disse-lhe o jovem: Tudo isso tenho guardado; que me falta ainda? Disse-lhe Jesus: Se quereres ser perfeito, vai, vende tudo o que tens e dá-o aos pobres, e terás um tesouro no céu; e vem, segue-me. Mas o jovem, ouvindo essa palavra, retirou-se triste; porque possuía muitos bens” (Mt.19:18-22).


É evidente que, na opinião dos sabatistas, uma das mais importantes doutrinas é a da guarda do Sábado. Se realmente fosse tão importante a guarda sabática, então seguramente teria de haver menção do mandamento no Novo Testamento. Entretanto, todos os outros mandamentos do decálogo são repetidos muitas vezes, porém o fato é que não encontramos o mandamento sobre o Sábado no Novo Testamento nem sequer uma vez. No caso do jovem rico, Jesus enumerou a maioria dos mandamentos, mas deixou de fora o mandamento sobre o sétimo dia. O grande questionamento seria o porquê o Novo Testamento, que cita todos os demais mandamentos do decálogo, não explicita a questão da guarda sabática.

– O apóstolo Paulo era apóstolo dos gentios, mas nunca ensinou ninguém a ficar guardando dias. Muito pelo contrário, ele afirmou que se alguém ficar guardando dias o evangelho da graça é inútil para essa pessoa:

“Guardais dias (no caso o Sábado), e meses, e tempos, e anos. Temo a vosso respeito não haja eu trabalhado em vão entre vós... Separados estais de Cristo, vós os que vos justificais pela lei; da graça decaístes”. (Gl.4:10-11; 5:4). {Grifo meu)


- Os sabatistas condenam quem não guarda o Sábado e afirmam que esta pessoa não será salva.

“Foi-me mostrada então uma multidão que ululava em agonia. Em suas vestes estava escrito em grandes letras: Pesado foste na balança, e foste achado em falta. Perguntei (ao anjo) quem era aquela multidão. O Anjo disse: Estes são os que já guardaram o sábado e o abandonaram. Vi que eles haviam ... enlameado o resto com os pés – pisando o sábado a pés; e por isso foram pesados na balança e achados em falta.” (Primeiros Escritos, pág.37)

O apóstolo Paulo da uma dura repreensão para estas pessoas que condenam os seus irmãos:

“Quem és tu, que julgas o servo alheio? Para seu próprio senhor ele está em pé ou cai; mas estará firme, porque poderoso é o Senhor para o firmar. Um faz diferença entre dia e dia, mas outro julga iguais todos os dias. Cada um esteja inteiramente convicto em sua própria mente” (Rm.14:4-5).
“Portanto não nos julguemos mais uns aos outros; antes o seja o vosso propósito não pôr tropeço ou escândalo ao vosso irmão” (Rm.14:13).


Sabemos de dezenas de histórias de pessoas que ficaram endividadas e chegaram até a passar necessidades e sabe porquê? Os sabatistas proibiram o irmão de trabalhar naquela determinada firma, pois lá se trabalhava aos sábados. É impressionante como uma doutrina chega a ser extremista e a prejudicar a comunidade.

Ainda bem que existe as verdadeiras Igrejas de Cristo para ensinar a verdade para as pessoas. A verdade é libertadora (Jo. 8:32) e não opressora como esta doutrina. As pessoas procuram as igrejas para tirarem o fardo pesado das costas (Mt. 11:28-30) e muitas vezes ao chegarem lá os seus fardos não se aliviam e sim ficam mais pesados. É o coso de quem se achega à igreja Adventista, pois quem não guarda o Sábado está fora da comunhão e doutrina da igreja. Os líderes condenam veementes os que ali no meio não cumprem a guarda deste dia. Isso é muito triste!

Explicando Colossenses 2:16

“Ninguém, pois, vos julgue pelo comer, ou pelo beber, ou por causa de dias de festa, ou de lua nova, ou de sábados, que são sombras das coisas vindouras; mas o corpo é de Cristo” (Cl.2:16-17).


Para fugir à evidência de Cl.2:16-17, onde Paulo se refere ao Sábado semanal como integrante das coisas passageiras da Lei que terminaram com a morte de Cristo na cruz, os adventistas costumam argumentar que a palavra “Sábado” não se refere ao sábado semanal, mas aos anuais ou cerimoniais de Lv.23. O que não é verdade, pois os sábados anuais ou cerimoniais já estão incluídos na expressão “dias de festa”. Esta indicação mostra positivamente que a palavra SABBATON, como é usada em Cl.2:16, não pode se referir aos sábados festivos, anuais ou cerimoniais. Sendo assim é difícil para os Adventistas sustentar a sua doutrina sabática, desde que temos visto que o Sábado pode legitimamente ser tido como “sombra” ou símbolo preparatório de bênçãos espirituais e não dogmas legalistas (vrs. 17).

Escrito por: Prof. João Flávio Martinez
Fonte:www.cacp.org.br

segunda-feira, 5 de dezembro de 2011

Apostolado ou apostolice?

Apostolado ou apostolice?
Uma leitura atenta do Novo Testamento nos leva a questionar não apenas certas práticas do movimento apostólico moderno, mas o próprio movimento.
Já faz algum tempo eu andava curioso por conhecer melhor o chamado movimento apostólico. Não estou falando da Igreja Primitiva, não. Refiro-me aos apóstolos de nossos dias, esses que começaram a pipocar depois de 1980. Então, há pouco mais de um mês, reencontrei meu amigo Freddy Guerrero, que mora em Quito, no Equador. Tive a grata surpresa de saber que ele está investigando o assunto, como parte de seus estudos de pós-graduação. Eu, um leigo no assunto, diante de um "expert"... É claro que bombardeei-o de perguntas.

Descobri várias coisas. Existem pelo menos três grandes redes apóstolicas. É isso mesmo. São três redes. Quer dizer, estão divididos. Desde logo, vê-se que os apóstolos do século XXI não são um exemplo de unidade em Cristo. Em todas as três redes há uma fortíssima ênfase na batalha espiritual. A maior das redes é de linha carismática. Outra é messiânica, e a terceira é judaizante. Aliás, fiquei de queixo caído ao saber que os apóstolos da linha judaizante negam que Jesus seja Deus.
O movimento apostólico ensina que cada apóstolo possui autoridade espiritual sobre territórios específicos. Um é apóstolo de Buenos Aires, outro é da Cidade do México, e assim por diante. É claro que o Brasil também já está "loteado". Segundo cálculos feitos por Freddy, existem hoje no mundo todo uns 10 mil "apóstolos". Estes alegam possuir a mais alta autoridade espiritual em suas respectivas regiões. Todas as igrejas, de qualquer denominação, e mesmo aquelas sem filiação denominacional estão sob a autoridade deles. Bem, pelo menos é assim que pensam.
Aproveito para mencionar que Freddy chegou a ser convidado por um "apóstolo" argentino para se tornar "apóstolo" de Quito. Se tivesse aceito, o argentino teria imposto as mãos sobre Freddy e hoje eu seria amigo de um "apóstolo". Felizmente, Freddy teve o bom senso de rejeitar o convite. Fica um pouco a idéia de clube do Bolinha, com um apóstolo convidando alguém para se tornar um deles.
Pessoalmente, creio que alguns desses "apóstolos" são sinceros em seu desejo de servir a Deus, embora estejam equivocados. Mas não posso dizer isso de todos. Sem citar nomes, Freddy me contou casos de "apóstolos" envolvidos em escândalos sexuais, disputas por poder, enriquecimento à custa das igrejas, etc. Um outro amigo me contou de um "apóstolo" aqui no Brasil que, na sua estratégia de batalha espiritual, resolveu delimitar as fronteiras de sua jurisdição. Como Jesus Cristo é apresentado na Bíblia como o leão de Judá (Apocalipse 5.5) e como os leões demarcam seu território com urina, esse "apóstolo" começou a sair pelas ruas de sua cidade e circunscrever sua área com... sua própria urina! Quanta ingenuidade!
Uma leitura atenta do Novo Testamento nos leva a questionar não apenas certas práticas do movimento apostólico, mas o próprio movimento. Se não, vejamos:
Biblicamente a palavra "apóstolo" tem a idéia de procurador ou representante de alguém. A ênfase do vocábulo não está na tarefa em si, mas em quem deu a tarefa ao apóstolo. Por esse motivo, em várias de suas cartas, Paulo se apresenta como "apóstolo de Cristo Jesus" (Galátas 1.1; Efésios 1.1; Colossenses 1.1; 1 Timóteo 1.1; 2 Timóteo 1.1), pois é Jesus quem o havia comissionado. E essa procuração era intransferível. Nem Paulo nem os demais apóstolos da Igreja Primitiva tinham o direito de chamar alguém para ser apóstolo junto com eles. A escolha de alguém para o apostolado era prerrogativa do próprio Jesus (Atos 1.2).
Além disso, apóstolo era alguém que viu pessoalmente a Jesus ressuscitado (Atos 1.21-26). Aliás, ao defender seu apostolado, Paulo faz uma clara associação entre ser apóstolo e ter visto Jesus (1 Coríntios 9.1). Ele também afirma que Jesus ressuscitado apareceu a todos os apóstolos. No seu caso pessoal, Jesus apareceu-lhe "como a um que nasceu fora de tempo" (1 Coríntios 15.7), pois foi em circunstâncias excepcionais, após Jesus ter subido ao céu, que Paulo viu Jesus (Atos 9.3-6).
Os apóstolos do Novo Testamento caracterizavam-se, entre outras coisas, por “sinais, prodígios e poderes miraculosos” (2Co 12.12; ver tb At 5.12). Isso funcionava como confirmação de que o apóstolo recebera autoridade da parte do Senhor Jesus. Os acontecimentos não eram coisas do tipo cair no culto, mas verdadeiros milagres, como cura de aleijados de nascença (At 3.2-8; 14.8-10) e ressurreição de um jovem (At 20.9-12).
Para concluir, o ministério apostólico neo-testamentário não era delimitado geograficamente. Paulo, por exemplo, foi apóstolo dos gentios (Galátas 2.8; Romanos 11.13). Não estava preocupado com territórios, mas com pessoas. Para ele não havia fronteiras. Seu interesse era levar não-judeus ao conhecimento de Jesus, não importa onde estivessem.
Minha dificuldade em aceitar o movimento apostólico dos nossos dias reside em que os "apóstolos" modernos não viram Jesus ressucitado, não foram designados pessoalmente pelo próprio Jesus, não realizam prodígios e sinais como na época do Novo Testamento e, ao contrário dos apóstolos do século I, se preocupam com a distribuição territorial. Minha conclusão é que tais pessoas declaram-se apóstolos, mas na verdade nunca o foram (2 Coríntios 11.13; Apocalípse 2.2).
Se, apesar das objeções acima, você ainda está pensando em seguir a profissão de apóstolo, é melhor se apressar. Infelizmente as áreas nobres já estão ocupadas. Mas ainda existem cidades menores sem dono. A propósito, parece que a Antártida ainda não tem apóstolo. Um continente inteiro à disposição! Alguém se candidata?