terça-feira, 30 de novembro de 2010

sábado, 27 de novembro de 2010

O que devemos pregar sobre o inferno?

 

O que devemos pregar sobre o inferno?

 

Sinclair Ferguson


Dr. Sinclair Ferguson é nascido na Escócia, obteve seu PhD pela Universidade de Aberdeen. Atualmente pastoreia a First Presbyterian Church (Primeira Igreja Presbiteriana), em Columbia, na Carolina do Sul e serve como professor de Teologia Sistemática no Westminster Theological Seminary, na Filadéfila (EUA). Ferguson é autor de diversos livros e atua como preletor em conferências, seminários e igrejas em diversos países.

Falar sobre o inferno significa falar sobre coisas tão impressionantes, que isso não pode ser feito com tranqüilidade.
No entanto, o inferno existe. Esse é o testemunho das Escrituras, dos apóstolos e do próprio Senhor Jesus. Aquilo que é emocionalmente intolerável também é verdade – e nisso está o seu terror.
Cumpre ao pastor cristão familiarizar-se com o ensino sobre o inferno, sentir a sua importância, pregar sobre ele e aconselhar seu rebanho em relação ao seu significado e suas implicações.

PECAMINOSIDADE REVELADA

O pregador fala como alguém consciente de que ele mesmo tem de apresentar-se diante do tribunal de Cristo: “Importa que todos nós compareçamos perante o tribunal de Cristo, para que cada um receba segundo o bem ou o mal que tiver feito por meio do corpo” (2 Co 5.10). Talvez mais do que qualquer outra coisa, isso tem de se tornar a atmosfera a partir da qual os servos de Deus abordam suas tarefas como pregadores e pastores. Eles comparecerão no tribunal de Cristo. Somente aqueles que estão plenamente cônscios de que se apresentarão diante do tribunal de juízo podem falar com um senso de relevância sobre as questões da vida e da morte, do céu e do inferno.
É nesse ponto que aprendemos para nós mesmos a terrível revelação de nossa pecaminosidade. E isso, por sua vez, nos capacita a enfatizar três coisas essenciais à nossa pregação.

• A justiça de Deus
• A pecaminosidade de nosso pecado
• A absoluta justiça da condenação de Deus sobre nós

A menos que estabeleçamos esses princípios coordenados e os inculquemos na mente e consciência de nossos ouvintes, há pouca probabilidade de que lhes impressionaremos com a pregação sobre o inferno.
Todo membro da raça humana decaída precisa ter colocada diante de si a total e radical inescusabilidade do pecado e da absoluta justiça da condenação da parte de Deus. Somente assim o homem caído pode levar e levará a sério o inferno. A pregação dessas verdade tenciona remover a cegueira, despertar e aguçar a consciência dormente. Do contrário, persistimos em nossa suposição de que, não importando o destino que sobrevenha a outros (um Nero, um Hitler ou um Idi Amin), nós mesmos estamos seguros em relação à condenação divina.

O QUE DEVEMOS PREGAR SOBRE O INFERNO?
Então, o que devemos pregar sobre o inferno? Há várias coisas que precisamos afirmar.

1. O inferno é real.

Uma das características da pregação de Jesus foi advertir quanto a perspectiva do inferno, assim como lhe foi característico falar sobre os elevados privilégios do céu. Pelo menos para ele o inferno era tão real quanto o céu.

2. O inferno é descrito vividamente nas passagens do Novo Testamento.

No decorrer dos séculos, os teólogos têm debatido se o vocabulário bíblico referente ao inferno deve ser tomado literal ou metaforicamente. Minha opinião é que, em qualquer aspecto do ensino bíblico em que várias descrições contêm elementos que se encontram em tensão com outros, essas descrições são provavelmente metafóricas. Mas, havendo dito isso, precisamos afirmar também – e este é um fato crucial – que as metáforas são empregadas precisamente para descrever realidades maiores do que elas mesmas.
O inferno é uma esfera de separação e privação, de sofrimento e punição, de trevas e destruição, de desintegração e perecimento. O vocabulário do Novo Testamento inclui: trevas exteriores, choro e ranger de dentes, destruição do corpo e da alma, fogo eterno, fogo do inferno, condenação do inferno, perder a vida eterna, a ira de Deus, eterna destruição longe da presença do Senhor, perecer, separação, negridão das trevas.
O que o pregador deve fazer com essa linguagem? Deve fazer exatamente o que fazemos com qualquer linguagem bíblica: usá-la até aos limites de seu significado no texto, nem mais, nem menos. Em particular, a palavra “eterno” ressalta a magnitude do que está em vista. Essa condição não é somente uma condição de separação de Deus e desintegração de tudo que é agradável; é tudo isso com duração perpétua e permanente. Foi isso que levou Thomas Brooks, grande pregador do século XVII, a clamar em palavras que encontramos também nos lábios de seus contemporâneos:
Oh! esta palavra eternidade, eternidade, eternidade! Esta palavra eterno, eterno, eterno! Esta palavra para sempre, para sempre, para sempre, espedaçará o coração dos condenados em inúmeras partes... No inferno, os pecadores impenitentes terão fim sem fim, morte sem morte, noite sem dia, lamento sem consolo, tristeza sem alegria e escravidão sem liberdade. Os condenados viverão por tanto tempo no inferno quanto Deus mesmo viverá no céu.

3. O inferno, embora preparado par o Diabo e seus anjos, é compartilhado por seres humanos.

O inferno é o deserto da humanidade, habitado por aqueles que rejeitam a Cristo e sua revelação. Aqueles que não pertencem ao reino de Deus estão lá: “Fora ficam os cães, os feiticeiros, os impuros, os assassinos, os idólatras e todo aquele que ama e pratica a mentira” (Ap 22.15; cf. 1 Co 6.9). O homem rico está lá (Lc 16.19-31); aqueles que não amaram os irmãos de Cristo estão lá (Mt 25.41-46); alguns que profetizaram, expulsaram demônios, realizaram milagres em nome de Cristo estão lá (Mt 7.21-23); “os que não conhecem a Deus e... não obedecem ao evangelho de nosso Senhor Jesus” estão lá (2 Ts 1.8); Judas Isacriotes está lá (At 1.25), porque melhor lhe fora não haver nascido (Mt 26.24); o Diabo e seus anjos, a besta e o falso profeta estão lá, “atormentados... pelos séculos dos séculos” (Ap 19.19-20; 20.10, 15).
A perspectiva desse juízo é tão terrível que, ao ser revelado:
Os reis da terra, os grandes, os comandantes, os ricos, os poderosos e todo escravo e todo livre se esconderam nas cavernas e nos penhascos dos montes e disseram aos montes e aos rochedos: Caí sobre nós e escondei-nos da face daquele que se assenta no trono e da ira do Cordeiro, porque chegou o grande Dia da ira deles; e quem é que pode suster-se? (Ap 6.15-17)
De fato, isso é muito terrível para ser contemplado – é mais terrível do que o vocabulário usado para descrevê-lo, assim como o céu é mais glorioso do que nossas palavras talvez possam descrever.
Como milhões de outras pessoas, assisti em 11 de setembro de 2011, com horror e presságio, em tempo real, pela televisão, no Reino Unido, ao segundo avião se chocando nas Torres Gêmeas, em Nova Iorque; e, depois, vi os prédios caindo em escombros, enquanto as pessoas corriam para salvar sua vida. Foi um dos mais horríveis acontecimentos que testemunhamos “ao vivo”. Enquanto eu assistia ao acontecimento, perguntei-me: que tipo de horror cataclísmico faria homens fortes correrem para aqueles escombros cadentes a fim de acharem proteção, preferindo esse holocausto à ira do Cordeiro?

4. O mais importante em expormos e aplicarmos o ensino bíblico sobre o inferno é isto: temos de enfatizar que há um caminho de salvação. Há um lugar de abrigo para nos escondermos da ira do Cordeiro.

O evangelho não é essencialmente uma mensagem sobre o inferno. Contudo, não podemos ser fiéis às Escrituras se não pregamos sobre o inferno pela simples razão de que o próprio evangelho não pode ser entendido sem a realidade do inferno.
“Aquele que não conheceu pecado, ele o fez pecado por nós” (2 Co 5.21). Em resumo, o evangelho é isto: Cristo tomou o nosso lugar, levando sobre si o nosso pecado, provando o nosso julgamento, morrendo a nossa morte – para que compartilhemos do seu lugar, sejamos vestidos de sua justiça, provemos sua vindicação e experimentemos sua vida.
No entanto, ser feito pecado implica sujeição à condenação de Deus e ao justo juízo da punição do inferno. De fato, essa é maneira como o Novo Testamento (sempre à luz do Antigo) vê o significado da morte de Jesus.

O QUE OS PASTORES PRECISAM PARA PREGAR SOBRE O INFERNO?

É nesse contexto que a pregação sobre o inferno faz parte da pregação do evangelho. Quando entendemos que isso é o que a morte de Cristo significa, quando isso domina nossa alma, começamos a ver o modelo da pregação dos apóstolos reproduzida em nosso próprio ministério. Assim, constrangidos pelo amor, temos algumas implicações.

1. Coragem e compromisso

Pregar sobre o inferno exige coragem e compromisso. Coragem é necessária porque em alguns contextos contemporâneos apenas uma menção do inferno é suficiente para garantir a acusação de que temos um espírito severo e mente intolerante.
Compromisso é necessário porque esse ministério exige um desejo de viver para Cristo (2 Co 5.15) e de ver homens e mulheres vindo a Cristo. E isso é superior ao nosso desejo natural por segurança e popularidade. Não é possível ser apreciado por pregar a verdade sobre o inferno (embora seja possível, de modo paradoxal e com gratidão, ser amado por pregá-la).

2. Uma perspectiva verdadeiramente bíblica

A humanidade pecaminosa olha naturalmente para a vida por meio da extremidade errada do telescópio. Para eles, o tempo é longo, e a eternidade, curta; esta vida é extensa, e a vida por vir, breve; este mundo é real, e o mundo por vir, irreal. Isso é o que significa viver kata sarka(“segundo a carne”), e não kata pneuma (“segundo o Espírito” – Rm 8.4). Todavia, os olhos do cristão foram abertos e estão fixos em Cristo e na eternidade.
Um cristão olha para vida à luz do destino ao qual ela conduz e vê cada pessoa nesse contexto. As famosas palavras escritas por volta de 1834 pelo ainda jovem, mas que morreria em breve, Robert M’Cheine expressam bem esse ponto de vista e suas implicações: “Enquanto andava pelos campos, sobreveio-me, com poder quase avassalador, o pensamento de que cada pessoa de meu rebanho estará em breve no céu ou no inferno. Oh! como desejei que tivesse uma língua semelhante a um trovão, para que fizesse todos ouvir; ou que tivesse uma estrutura física como que de ferro, para que visitasse cada um deles e lhe dissesse: fuja, por amor à vida”. Por trás de todos que conhecemos e encontramos está a sombra do julgamento.
Sabendo isso, como podemos nos manter em silêncio – ou em covardia? Só podemos fazer isso se nós mesmos vivemos em negação da realidade que sabemos foi revelada no evangelho.

3. Uma profunda consciência de nossa vocação

“Deus... nos reconciliou consigo mesmo por meio de Cristo e nos deu o ministério da reconciliação... e nos confiou a palavra da reconciliação. De sorte que somos embaixadores em nome de Cristo, como se Deus exortasse por nosso intermédio. Em nome de Cristo, pois, rogamos que vos reconcilieis com Deus” (2 Co 5.18-20).
O pregador cristão é um devedor porque, por meio de Cristo, ele mesmo foi liberto do juízo vindouro. Ele é um mordomo porque a mensagem de reconciliação lhe foi confiada. Ele tem de empregar os recursos providos por seu Senhor, não para diminuir, nem para acrescentar, nem para transformá-los. Ele é, também, um embaixador cuja tarefa consiste em representar sempre seu Senhor e anunciar fielmente a sua mensagem.
Essa é a razão por que nossas próprias desculpas jamais devem prevalecer (“Eu não sou esse tipo de pregador”; “a congregação não receberia bem essa mensagem”; “as pessoas não levam mais essas coisas muito a sério”; “estamos vivendo numa época em que esse tipo de ênfase não atrai as pessoas para Cristo”).
Quando Robert M’Cheyne encontrou-se com seu querido amigo Andrew Bonar numa segunda-feira e perguntou-lhe o que havia pregado no dia anterior, recebeu esta simples resposta: “O inferno”. Em seguida, perguntou-lhe mais: “Você pregou com lágrimas?”

CONCLUSÃO
Portanto, somos chamados a pregar como representantes de Cristo: pregar com equilíbrio bíblico, com um foco cristocêntrico, com a humanidade daqueles que reconhecem sua própria necessidade de graça perante o tribunal de Cristo, com uma disposição de sofrer à luz da glória vindoura, com amor e compaixão em nosso coração e de um modo que recomenda e adorna a doutrina de Deus, nosso Salvador.

(Este artigo é uma condensação do capítulo “Pastoral Theology: The Preacher and Hell”, escrito por Sinclair Ferguson e publicado no livro Hell Under Fire: Modern Scholarship Reinvents Eternal Punishment, editado por Christopher W. Morgan e Robert A. Peterson. Copyright © 2004 Christopher W. Morgan e Robert A. Peterson. Usado com permissão de Zondervan.)

Materia Extraida do site;Editora Fiel
Em Cristo Jesus
Kleber de sá

quinta-feira, 25 de novembro de 2010

LIÇÕES BIBLICAS PRIMEIRO TRIMESTRE 2011(CPAD)

Atos dos apóstolos até os confins da terra

Comentarista:- Pr. Claudionor de Andrade

01 – AÇÃO DO ESPÍRITO SANTO ATRAVÉS DA IGREJA
02 – ASCENÇÃO DE CRISTO E A PROMESSA DE SUA VINDA
03 – O DERRAMAMENTO DO ESPÍRITO SANTO NO PENTECOSTE
04 – PODER INRRESISTÍVEL DA COMUNHÃO DA IGREJA
05 – SINAIS E MARAVILHAS DA IGREJA
06 – A IMPORTÂNCIA DA DISCIPLINA NA IGREJA
07 – ASSISTENCIA SOCIAL UM IMPORTANTE NEGÓCIO
08 – QUANDO A IGREJA DE CRISTO É PERSEGUIDA
09 – A CONVERSÃO DE PAULO
10 – O EVANGELHO PROPAGA-SE ENTRE OS GENTIOS
11 – O PRIMEIRO CONCÍLIO DA IGREJA DE CRISTO
12 – AS VIAGENS MISSIONÁRIAS DE PAULO
13 – PAULO TESTIFICA DE CRISTO EM ROMA

ESTAREMOS INICIANDO O ANO DE 2011 COM UM ESTUDO MARAVILHOSO SOBRE ATOS DOS APÓSTOLOS.
QUE POSSAMOS FAZER UM BOM APROVEITAMENTO DESSES ESTUDOS
A TODOS UMA BOA AULA.
QUE O ESPÍRITO SANTO VOS ABENÇOE


Materia extraída  do   blog Ev.isaias de jesus
Postado por Ev. ISAIAS DE JESUS às 07:54
 Em Cristo Jesus
Kleber de Sá

Mensagens que Edifica(2) (O Lixo do Mundo)

O  Lixo  Do  Mundo

O que vem a ser “o lixo do mundo?” (1Co 4.13). Seria o ventre do mal, onde nasce o crime organizado? Seria o gênio do mal que mobiliza as insurreições internacionais? Ou seria a Babilônia? Ou, quem sabe, Roma? Seria o pecado? Ou será que descobriram em algum lugar toda uma tribo de maus espíritos e deram a ela esse nome? Ou talvez seja uma moléstia sexualmente transmissível?
Se levantarmos mil suposições sobre essa questão obteremos mil respostas, e nenhuma delas estará correta. A resposta certa é exatamente o oposto do que se poderia esperar. Essa expressão “lixo do mundo” não designa homens nem demônios. E não é nada de conotação maligna; é benigna. Não; não é nem benigna: é o melhor que pode haver. Também não é nada material; é espiritual. Não tem nada a ver com Satanás, mas com Deus. E não apenas é da igreja, mas um membro dela. E não apenas um membro, mas o mais santo dela, a mais preciosa de todas as jóias. Paulo diz: “Nós, os apóstolos, somos considerados lixo do mundo”. E logo em seguida ele acrescenta a essa injúria um insulto, e intensifica a infâmia, aumentando ainda mais a humilhação, pois afirma: “(somos) escória de todos” (1Co 4.13).
Quando um homem chega a dizer que é o lixo do mundo é porque não tem mais ambições pessoais; não possui mais nada que alguém possa invejar. Não tem mais reputação — nada mais a zelar. Não possui bens — e, portanto, mais nada com que se preocupar. Não tem mais direitos — e, portanto, não está mais sujeito a sofrer injustiças. Que bendita condição! Ele já está morto — então, ninguém pode matá-lo. E se os apóstolos tinham tal estado de espírito, tal mentalidade, não foi à toa que eles “transtornaram o mundo”. O crente que ainda abriga ambições pessoais deve pensar um pouco nessa atitude dos apóstolos para com o mundo. E o evangelista popular, que ainda não sofreu perseguições e vive segundo os moldes hollywoodianos, devia pensar um pouco sobre o modo de ser daqueles homens.
Então, quem infligiu a Paulo sofrimento maior que o que passou quando recebeu as cento e noventa e cinco chicotadas, sofreu os três apedrejamentos e os três naufrágios? A rixosa, carnal e crítica igreja de Corinto. Ela estava dividida pela carnalidade e por dinheiro. Alguns deles tinham alcançado a fama e haviam-se tornado importantes comerciantes da cidade. Então Paulo lhes diz: “Chegastes a reinar sem nós”. Observemos o contraste gritante entre o verso 8 e o 10, de 1 Coríntios 4: “Já estais (vós) fartos, já estais (vós) ricos: chegastes (vós) a reinar sem nós”. “Nós somos loucos; nós (somos) fracos; nós, desprezíveis; sofremos fome, e sede, e nudez”. Mas há uma compensação no verso 9: “(Nós) nos tornamos espetáculo ao mundo, tanto a anjos como a homens”.
Depois de tudo isso, não era mesmo difícil para Paulo afirmar que ele era “o menor de todos os santos”. E ele levanta essas verdades para confrontar aqueles cuja fé tinha perdido seu foco central. Aqueles coríntios estavam fartos, mas não eram livres. (Se um homem escapa da prisão, mas ainda tem as pernas presas em correntes, não está livre.) Mas o apóstolo não está aborrecido pelo fato de eles desfrutarem de abundância e ele não ter nada. Ele lamenta que a riqueza tenha resultado em fraqueza de alma. Eles vivem em conforto, mas não têm a cruz. São ricos, mas não conhecem o vitupério de Cristo. Não chega a afirmar que eles não pertencem a Cristo, mas que estão buscando um caminho mais suave para chegar ao céu. E então diz: “Sim, oxalá reinásseis para que nós também viéssemos a reinar convosco”. Se eles estivessem reinando de fato, então Jesus já teria voltado; eles estariam vivendo o milênio, e, como diz Paulo: “Nós estaríamos reinando com vocês”.
Mas quem aceita ser desonrado, desprezado e desvalorizado assim? Essa verdade é revolucionária, e põe em cheque nossa doutrina cristã falsificada. Teremos nós prazer em ser considerados loucos? Será que suportaremos ver nosso nome jogado por aí, difamado? O verdadeiro cristianismo é mais revolucionário do que o comunismo, embora, naturalmente, não provoque derramamento de sangue. As máquinas do socialismo tentaram terraplanar os “montes” das riquezas, para aterrar os “vales” da pobreza. Pensaram que, dando educação a todos, iriam “retificar o que é tortuoso”, acharam que com um ato do congresso com um mero aceno da varinha de condão da política, iriam introduzir o milênio tão esperado. Mas na Rússia isso implicou apenas na mudança da chefia; o pessoal das camadas inferiores continuam na camada inferior. Hoje em dia há milhões de pessoas que enriquecem pelo empobrecimento de outros. E Paulo afirma que ele era pobre, mas estava “enriquecendo a muitos”. Graças a Deus que o dinheiro de Simão, o Mago, continua não obtendo nada do Espírito Santo. Se nós ainda não aprendemos a avaliar corretamente as “riquezas de origem iníqua”, como Deus poderá confiar-nos a “verdadeira riqueza?”
Então Paulo, que era material e socialmente falido, achava-se incluído entre os seletos relacionados como “o lixo do mundo”. Certamente isso o ajudou a entender que, sendo lixo, seria pisado pelos homens.
Embora fosse capaz de debater com filósofos, estóicos, epicureus no Areópago, por Cristo estava disposto a ser tachado de “louco”. O antagonismo do mundo para com Jesus é fundamental e perene.
Irmãos, será que temos essa mesma disposição? Nada nos irrita mais do que ser associados a pessoas incultas e ignorantes, apesar de sabermos que o homem que escreveu o Apocalipse era inculto e ignorante. Hoje em dia, estamos contaminados por um terrível mal: os pastores estão mais preocupados em encher a cabeça de conhecimentos do que ter um coração em chamas. Quando uma pessoa aprecia muito a intelectualidade é melhor que termine os estudos antes de assumir o púlpito. Pois, depois que o assumir, de nada lhe valerão os títulos que puder obter, já que as vinte e quatro horas do dia serão curtas para que apresente os nomes de suas ovelhas perante o “grande Pastor”, ou cumpra a suprema responsabilidade de preparar-lhes o alimento espiritual. As coisas espirituais se discernem espiritualmente (e não psicologicamente). Nem Deus mudou, nem mudaram seus pensamentos. Por desígnio dele, ainda existem verdades que estão ocultas para os entendidos e que são reveladas “aos pequeninos”. E os pequeninos, meus irmãos, não possuem um intelecto privilegiado. A igreja de hoje está-se gabando do elevado Q.I. dos seus ministros. Mas, antes que alguém se glorie na carne, convém levar em conta que estamos presenciando um dos mais baixos índices de conversões, pois o diabo, irmão Apolo, não se impressiona com sua riqueza verbal.
A linha demarcatória que distingue o crente do homem do mundo é bem definida, bem delineada, mas está totalmente desmoralizada na prática. Os peregrinos de Bunyan, ao chegar à “Feira da Vaidade”, constituíram um verdadeiro espetáculo, pois se achavam em flagrante contraste com o povo mundano em seu modo de vestir, de falar, em seus interesses e senso de valores. Isso ainda acontece hoje?
Durante a última guerra, um general do exército britânico fez a seguinte afirmação: “Precisamos ensinar nossos soldados a odiar, pois se tiverem bastante ódio pelo inimigo lutarão contra ele”.
Nós já ouvimos muita coisa sobre o perfeito amor (embora ainda não tenhamos ouvido o suficiente). Mas agora precisamos também aprender a “irar e não pecar”. O crente cheio do Espírito deve detestar o mal, a iniqüidade e a impureza, e só assim lutará contra essas coisas. Paulo odiava o mundo e por isso o mundo o odiava. Nós também precisamos dessa mesma disposição de fazer oposição.
O evangelista Stanley escreveu “Darkest Africa” (A Face Escura Da África) e o General Booth, fundador do Exército de Salvação, “Darkest England” (A Face Escura Da Inglaterra), em meio a forte oposição. O primeiro falava das florestas impenetráveis, de árvores altíssimas, com seus leopardos à espreita, suas serpentes traiçoeiras e com os espíritos das trevas. Booth via as ruas da Inglaterra com os mesmos olhos com que Deus as via: a lascívia, os esgotos de pecado, a cobiça do jogo, o perigo da prostituição. E então levantou um exército para combater essa situação em nome de Deus. Hoje nossas próprias ruas são campos missionários. Esqueçamos por um pouco que nossa sociedade é civilizada, pois é possível uma senhora elegante, de belas maneiras e voz suave estar tão longe de Deus quanto uma selvagem da tribo Mau-Mau, com seu saiote de capim. Em nossas cidades campeia a impureza. O crente que passa as noites em frente da televisão, a devanear, está com o cérebro morto e a alma em falência espiritual. E vivendo assim, indiferente à licenciosidade que impera nestes dias, a ponto de não chorar por causa da cegueira que domina o pecador, faria melhor se pedisse a Deus que terminasse logo sua vida terrena. Hoje, cada rua de nossa cidade é um poço de pecado, bebida, divórcio, trevas e condenação. E se alguém tomar uma posição contrária a todos esses males, não deve admirar-se se o mundo o odiar. Se fôssemos do mundo, ele amaria o que era seu.
Paulo declara firmemente: “O mundo está crucificado para mim”. Será que isso é demais para o crente do século XX? O morro do Gólgota recebia muitas visitas de curiosos que ali iam para assistir à humilhação dos malfeitores. E aquilo era uma verdadeira festa; zombava-se do sofrimento. Mas, no dia seguinte, quem eram os primeiros a chegar ao local? Os primeiros eram os urubus — que iriam bicar os olhos das vítimas, e a carne das suas costelas. Depois eram os cães, que devoravam as pernas e braços dos infelizes. Assim, todo deformado, com as entranhas à vista, o indivíduo era um espetáculo horrendo. E era assim que Paulo via o mundo crucificado — nada atraente aos olhos dele.
Possamos nós também tremer interiormente e repetir, com lábios trementes, a mesma afirmação do apóstolo: o mundo está crucificado para mim. Só depois que estivermos mortos para o mundo com todos os seus prazeres, sua glória fútil e alegrias efêmeras, poderemos experimentar a mesma libertação que Paulo conheceu. Mas a realidade é que nós, os seguidores de Cristo, respeitamos as opiniões do mundo, e buscamos sua apreciação e suas condecorações. Um moderno crítico da igreja diz que atualmente o deus do crente é o ouro, e o seu credo é a cobiça. Mas graças a Deus que ainda existem algumas exceções a essa regra.
E esse bendito homem, Paulo, para quem o mundo estava crucificado, era considerado “louco”. E mais, ele apresentava sua mensagem de tal forma que alguns procuraram matá-lo, pois ele representava uma ameaça para o comércio deles. Esses apóstolos, com todo o seu santo e sadio desdém pelo mundo e pelas pessoas do mundo nos deixam humilhados.
"Eles escalaram a íngreme ladeira para o céu
Em meio a perigos, sofrimento e labor.
Ó Deus, dá-nos a graça
De seguirmos as suas pegadas”.
Muito breve estaremos dizendo adeus à perecível vida terrena e saudando o início da eternidade. Quero desejar-lhe, prezado irmão, uma vida de serviço sacrificial para Aquele que foi nosso sacrifício. Que também nós possamos terminar a carreira com gozo.
“Irmãos, se não levarmos uma vida reta diante de Deus, será uma falsidade clamarmos por um avivamento, dia e noite, meses e meses seguidos. Temos que perguntar a nós mesmos: meu coração está puro? Minhas mãos estão limpas?”

— Apelo feito durante o avivamento das Ilhas Hébridas.
“Minha alma, pede-lhe o que quiseres,
Por mais que peças, nunca pedirás demais.
Se ele derramou por ti seu próprio sangue,
O que te negará?”
— Autor desconhecido.
“O aposento da oração!
Que lugar abençoado!
O Espírito paira sobre ele.
Pois todas as realizações da graça
Provém do ventre da oração”.
— Harold Brokke.
“O milagre do avivamento é bem semelhante ao de urna colheita de trigo. Ele desce do céu quando crentes heróicos entram na batalha decididos a vencer ou morrer — e, se for necessário, vencer e morrer. O reino dos céus é tomado por esforço, e os que se esforçam se apoderam dele”.
— C. G. Finney.
“A causa de Deus foi confiada aos homens. Deus mesmo se confia aos homens. Os crentes que oram são os vice-governadores dele, estes é que fazem a obra de Deus e realizam os seus planos”.
— E. M. Bounds.
“A oração é o remédio supremo”.
— Robert Hall.
“A oração é o teste que avalia a devoção do crente”.
— Samuel Chadwick.
Capitulo 17 do livro de Leonard Ravenhill
“Por que Tarda o Pleno Avivamento?”
Editora Betânia
EmCristoJesus
 Kleber de Sá

terça-feira, 23 de novembro de 2010

Será possível que o Deus Bondoso e Amoroso lance alguem no inferno?

Inferno[em grego Geena]
Texto base:Sl.9.5,8,17
“Repreendes as nações, destróis o ímpio e para todo o sempre lhes apagas o nome”.
“Ele mesmo julga o mundo com justiça; administra os povos com retidão”.
“Os perversos serão lançados no inferno, e todas as nações que se esquecem de Deus”.  
     Introdução:
Quantos acreditam que vão para o inferno?será que as pessoas do mundo estão conciente de que se elas não se arrependerem de seus pecados e se voltarem para Deus,seram lançadas no lago de fogo!!.
O novo testamento considera o inferno um lugar de habitação eterna, para os que foram punidos e condenados,e passaram a eternidade de suas vidas só e sem a presença de Deus.As palavras do Soberano justo juiz[Jesus] no dia do julgamento final será....
Então, o Rei dirá também aos que estiverem à sua esquerda: Apartai-vos de mim, malditos, para o fogo eterno, preparado para o diabo e seus anjos.”(Mt.25.41)
Imagine por um instante milhares e milhares de almas diante de DEUS sendo julgada uma por uma segundo as suas obra(Ap.20.13).e no verciculo 15 diz... E, se alguém não foi achado inscrito no Livro da Vida, esse foi lançado para dentro do lago de fogo.
Esse lugar na bíblia é descrito como um lugar de” fogo” e” trevas””choro e ranger de dentes”  de “destruição”e ” tormento”.                                                                                         Ainda que simbolicos e não literais a sua realidadeserá mais terrivel que possa imaginar.                                                                                                                                                                                        (Jd.7-13/Mt.8.12/13.42,50/22.13/24.51/25.30/2Ts1.7-9/2Pd.3.7/1Ts.5.3/Ap.20.10/Lc.16.23).
O inferno nunca terá fim.....as pessoas que estaram lá compreenderão  que elas escolheram concientemente o lugar para passarem a  eternidade,(Dn.12.2)
(João3.19) diz... O julgamento é este: que a luz veio ao mundo, e os homens amaram mais as trevas do que a luz; porque as suas obras eram más.
     Conclusão:
O proposito do ensino Bíblico sobre o Inferno é  de fazer-nos aceitar com gratidão a Graça Salvadora de DEUS em Cristo.
(Mt.5.29,30)diz... Se o teu olho direito te faz tropeçar, arranca-o e lança-o de ti; pois te convém que se perca um dos teus membros, e não seja todo o teu corpo lançado no inferno.E, se a tua mão direita te faz tropeçar, corta-a e lança-a de ti; pois te convém que se perca um dos teus membros, e não vá todo o teu corpo para o inferno .                                    o ensino de Jesus aqui, é trazer a todos a conciência do pecado e do juizo”
É Por essa razão,é que a advertência de Deus para nós é a sua “MISERICORDIA”,as palavras do soberano DEUS  pra mim e pra você é o que diz o Profeta Ezequiel no capitulo 33.vv11....
Dize-lhes: Tão certo como eu vivo, diz o SENHOR Deus, não tenho prazer na morte do perverso, mas em que o perverso se converta do seu caminho e viva. Convertei-vos, convertei-vos dos vossos maus caminhos; pois por que haveis de morrer, ó casa de Israel
Reflita meu querido em quanto ainda é tempo.                                                                                                                                                     A Bíblia diz que.....                                                                                                                                                                                        Horrivel coisa é cair nas mãos do DEUS Vivo(Hb.10.31)

Em Cristo Jesus                                                                                                                                                      Kleber de sá

domingo, 21 de novembro de 2010

Paul Washer - Dez acusações contra a igreja Moderna



Nesta série,(mensagens que edifica), estarei mostrando aqui no blog em 11 edições ,essa bela mensagem pregada por Paul Washer.
 
Pregado quarta-feira, 22 de Outubro de 2008, na Conferência sobre Avivamento, em Atlanta, Geórgia. Paul Washer dá um apelo urgente para os cristãos e as igrejas na América do Norte, onde muitos têm crido em um falso evangelho e em uma falsa garantia de sua salvação. Ele enumera 10 acusações contra o moderno sistema de igreja na América. Esta é uma mensagem histórica urgente, informe outras pessoas e espalhe a mensagem. Precisamos de uma reforma e um avivamento nos padrões bíblicos!
Greg Gordon (Organizador da Conferência sobre Avivamento)

. . Quando ouvi essa pregação do Paul Washer logo vi a importância dela para a igreja moderna. Alguns até mesmo falam que ela pode se tornar as 95 teses de nossa geração. Eu não sei se chegará a tanto, mas com certeza são pontos que devemos refletir e mudar. As 10 acusações são basicamente um resumo de todas as pregações que ouvi de Paul Washer, por isso recomendo que todos leiam. Espero em breve legendar a pregação e disponibilizá-la no YouTube.

. . Divisões:
- Oração e Introdução
- Primeira acusação: Uma negação prática da suficiência das Escrituras
- Segunda acusação: Um desconhecimento de Deus
- Terceira acusação: Uma falha ao falar da depravação do homem
- Quarta acusação: Uma ignorância do Evangelho de Jesus Cristo
- Quinta acusação: Um desconhecimento da doutrina da regeneração
- Sexta acusação: Um apelo não-bíblico.
- Sétima acusação: Uma ignorância sobre a natureza da Igreja.
- Oitava acusação: Uma falta de disciplina eclesiástica amorosa e de compassiva.
- Nona acusação: Um silêncio sobre santificação.
- Décima acusação: Uma substituição do que as Escrituras dizem a respeito à família pelo que a Psicologia e a Sociologia dizem.

Pregação original:
Baixe a pregação (em inglês) aqui.
Veja a pregação (em inglês) aqui.

Se você quer assistir essa Mensagem completa visite o blog Voltemos ao Evangelho.

Em Cristo Jesus
kleber de sá

Dez acusações contra a igreja moderna

                               série mensagens que edifica parte introdutoria(oração)
Por Paul Washer
Oração
. . Vamos ao Senhor em oração.
. . Pai, eu venho até Ti no nome do Teu Filho, Jesus Cristo. Senhor, Tu sabes todas as coisas. Elas estão, diante de Ti, como um livro aberto. Quem consegue esconder seu coração de Tua presença e de Teu olho? As obras mais espertas dos homens estão expostas à Tua frente. Tua onisciência não conhece limites. E se não fosse pela graça, eu seria, de todos os homens, o mais apavorado, mas há graça, abundante e gloriosa, derramada sobre o mais fraco dos homens e abundando para a Tua glória. Pai, eu te louvo e adoro e agradeço por tudo que Tu és e tudo o que Tu tens feito. E não há ninguém como Tu, nos céus ou na terra ou debaixo da terra. Tu és Rei e não há nenhum outro. Tu és Salvador e não compartilhas essa glória com nenhum outro.

. . Pai, nesta noite, Tu me conheces e sabes da minha grande necessidade de graça. Por que estou aqui a não ser que Tu chamaste o mais fraco dentre os homens, o mais desprezível dentre os irmãos e que, pela Tua graça, muitas vezes, o menor ensina o maior? Esse é sempre o meu caso. E eu te louvo. Eu te adoro.
. . Pai, ajuda-nos nesta noite. Para o vento com a eloqüência; para o inferno com o intelecto brilhante, Pai. Deixe que a verdade venha. Deixe-me ser mudado. Que o estado da Tua Igreja seja mais glorioso. Eu oro por graça sobre graça e misericórdia sobre misericórdia sobre mim mesmo e sobre os ouvintes que estão presentes aqui. Ajudem-nos, ó Deus, e nós seremos ajudados e nos gloriaremos nesta ajuda. Em nome de Jesus. Amem.

Introdução
. . É um grande privilégio estar aqui esta noite. Um espantoso privilégio estar aqui diante de vocês e falar de coisas como avivamento, reforma, o trabalho de Deus entre seu povo e entre os homens. Mas esta noite irei compartilhar com vocês uma acusação, uma acusação, mas é uma acusação de esperança.
. . Enquanto eu estava orando sobre o que eu deveria fazer nesta série de reuniões cheguei a uma grande conclusão, um grande fardo que foi colocado no meu coração. Precisamos de avivamento. Precisamos de um despertar, mas não podemos simplesmente esperar que o Espírito Santo venha e limpe toda a bagunça que fizemos. Temos uma clara direção da Palavra de Deus no que diz respeito ao que Ele tem feito através de Cristo, a como Ele espera que vivamos, a como Ele espera que ordenemos Sua Igreja. E faz pouco bem aos homens clamarem por manifestações extra-bíblicas quando princípios bíblicos são violados ao nosso redor.
. . Eu quero que você saiba disto: há pouca necessidade para o diabo e os homens maus se oporem a um homem orando por avivamento a não ser que ele também esteja trabalhando por reforma. Nós temos recebido verdade e nós não podemos simplesmente fazer o que é certo aos nossos próprios olhos e depois esperar que o Espírito Santo venha e abençoe o nosso trabalho.
. . Ao olharmos para o Antigo Testamento, vemos que Moisés recebeu muita, muita detalhada explicação sobre como construir o templo. Agora, isso foi dado para o bem de Moisés ou para o bem da Igreja? Eu acho que o que está sendo explicado aqui é que Deus é específico na sua vontade e que nós não devemos presumir que podemos pegar o menor detalhe e ignorá-lo.
. . Agora eu sei que eu sou um homem frágil e sei que sou esbofeteado por muitas fraquezas, mas tenho uma acusação e eu não posso chamar-lhe de minha acusação porque quem sou eu para acusar alguém. E eu não ouso chamar de a acusação de Deus, pois como posso presumir sobre Seu nome. Mas eu vou dizer isso: quando eu olho ao redor na igreja e a comparo com as Escrituras, eu vejo que há certas coisas que têm de mudar.
. . Eu não sou Martinho Lutero. Isto não é "95 teses pregadas na porta de Wittemberg", mas este é um fardo em meu coração e eu devo partilhá-lo. Eu devo partilhá-lo. Agora, deixe-me dizer isto. O que eu vou dizer irá irar alguns de vocês, mas permitam-me adverti-los. Pode ser verdade que você será capaz de me acusar de arrogância. Pode ser verdade que você não goste de como eu irei falar. Tenho sido muitas vezes arrogante e tenho muitas vezes falado a verdade de uma forma errada, mas não permitam que seja uma desculpa para vocês. A questão é: o que estou dizendo é verdade, mesmo sendo entregue através de um mensageiro defeituoso, ou não?
. . Outros se alegrarão no que vocês estão ouvindo e vocês vão querer dizer, "Amém", e talvez levantar suas armas. Mas não façam isso porque todos nós temos uma medida de culpa. E se você tiver atingido algum estado espiritual, então eu diria o que meu irmão disse: “o que você tem que não tenha recebido? E se o recebeu, por que se orgulha, como se assim não fosse?" (1 Co 4: 7) Não seria melhor adorar a Deus em humildade?
. . Se você é um jovem ministro, eu não quero que você pegue estas verdades e as leve de volta e ataque sua igreja sem amor. Eu faria uma sugestão: veja se os joelhos estão sangrando antes de começar qualquer tipo de reforma. E se você é um ministro mais velho servindo ao Senhor, por muitos, muitos anos eu te imploro para não ser arrogante. Um rei velho e tolo pode aprender com os mais fracos de seus servos. E também peço isto: tenha a coragem de mudar tudo mesmo que seja o último dia de sua vida, pelo menos você pode ir para a glória sabendo que você tentou fazer uma reforma que era bíblica.
. . E eu vou dizer isso como um aviso aos homens mais velhos. Agora, me escutem cuidadosamente. Eu conheço a exortação em 1ª Timóteo capítulo cinco sobre a forma como devo dirigir-me a vocês e então eu irei dirigir-me a vocês desta forma. Mas há um grande despertar em curso neste país e não só neste país, mas na Europa onde tenho ido e na América do Sul e em muitos outros lugares estou vendo jovens voltando para a rocha a partir da qual fomos cortados. Eles estão lendo Spurgeon e Whitefield. Eles ainda estão ouvindo Ravenhill e Martin Lloyd-Jones e Tozer e Wesley. É um grande, enorme movimento, mesmo que a mídia popular e o cristianismo de hoje ainda não tenham descoberto o que está acontecendo. Eu quero que você saiba que eu nunca teria sonhado há 15 anos que eu veria o despertar que estou vendo. E não é por causa do meu ministério. Mas eu vou para lugares diferentes e vejo o que Deus está fazendo sem nenhum dos nossos ministérios.
. . Quer sejam mil moços,
na Holanda, declarando "As coisas têm que mudar", clamando a noite toda em oração pelo poder de Deus e pela verdade da Escritura. Ou na América do Sul, reconhecendo que eles foram muito influenciados pela psicologia e todo tipo de técnicas superficiais provenientes da América no que diz respeito ao evangelismo e, agora, em lágrimas e quebrantados estão voltando e evangelizando suas igrejas. Ou as cidades do interior dos Estados Unidos onde eu tenho sentado, por vezes, até duas, três horas da manhã discutindo teologia com jovens afro-americanos da periferia, a quem Deus vai levantar para pregar mais do que ninguém nunca vai ser capaz de imaginar neste dia.
. . Há um despertar.
. . E vou dizer-lhe isto com ternura. A maioria dos homens com mais de 40 anos não tem sequer uma pista sobre isso. Muitos dos jovens que estão voltando aos velhos homens e às velhas pregações e à verdade que tem trazido despertar inúmeras vezes neste mundo, a maioria desses jovens são muito jovens. E eles vão para seus pastores, eles vão para os seus dirigentes e dizem: "Olhe para isto, o que temos descoberto. Olha o que aconteceu no País de Gales. Olha o que aconteceu na África. Olhe para este e olhe para este e olhar para este ensino. É absolutamente incrível." E a maioria deles irá desprezá-los ou irá dizer, "Isto não é nada diferente do que eu tenho pregado em 25 anos," quando, na verdade, é completamente diferente do que eles têm pregado em 25 anos.
. . E, portanto, temos que ter muito, muito cuidado para compreender que Deus está fazendo o trabalho. E aquele que começou boa obra, vai completá-la. (Fp 1: 16)
. . Muitas pessoas têm a idéia de que vão orar em um avivamento. E outras pessoas dizem, "Avivamento virá se você orar ou não." Eu não estou em qualquer um desses campos. Mas eu sei disto: quando vejo os homens e as mulheres e os jovens em todo o mundo orando por um despertar, para mim isto é o primeiro fruto do avivamento. E eu posso contar com o fato de que Aquele que deu os primeiros frutos trará a colheita inteira.
. . Agora, eu quero olhar para 10 acusações, se tivermos tempo, as coisas que eu penso que temos que mudar.

Tradução: Vinicius M. Pimentel (autor do blog Voltemos ao Evangelho)

Dez acusações contra a igreja moderna

                                          série mensagens que edifica parte nº1
                                                                 Por Paul Washer

Primeira Acusação: uma negação prática da suficiência das Escrituras

. . Primeiro de tudo, a primeira acusação: uma negação prática da suficiência das Escrituras, especialmente na minha denominação, uma negação prática da suficiência das Escrituras.
2 Timóteo 3: 15 em diante diz:
. . “Porque desde criança você conhece as Sagradas Letras, que são capazes de torná-lo sábio para a salvação mediante a fé em Cristo Jesus. Toda a Escritura é inspirada por Deus e útil para o ensino, para a repreensão, para a correção e para a instrução na justiça, para que o homem de Deus seja apto e plenamente preparado para toda boa obra.” (2 Tm 3:15-17)
. . Ao longo das últimas décadas tem ocorrido uma grande batalha no que diz respeito à inspiração das Escrituras. Agora, talvez, alguns de vocês não participam dessa batalha, porém muitos de nós, de denominações mais liberais, certamente temos uma batalha pela Bíblia.

. . Contudo, existe apenas um problema. Quando vocês, como um povo, chegarem a crer que a Bíblia é inspirada vocês terão lutado apenas metade da batalha. Porque a questão não é meramente se a Bíblia é inspirada. É ela inerrante? A grande pergunta que segue e que deve ser respondida: A Bíblia é suficiente ou será que temos que trazer todos os chamados estudos das ciências sociais e culturais, a fim de saber como funciona uma igreja? Essa é uma questão importante.
. . Ciências sociais, em minha opinião, têm tomado precedência sobre a Palavra de Deus de tal forma que a maioria de nós nem consegue sequer perceber. Elas penetraram de tal forma em nossa igreja, em nosso evangelismo e em nossa missiologia que você dificilmente pode chamar o que estamos fazendo de cristão. Psicologia, antropologia e sociologia se tornaram influencias primárias na igreja.
. . Vários anos atrás, quando eu estava no seminário lembro-me que um professor entrou na sala e começou a desenhar pegadas no quadro-negro. E enquanto ele as marchava através da lousa, ele se virou para todos nós e disse apenas isto: "Aristóteles está caminhando pelas salas desta instituição. Cuidado, pois eu escuto suas pegadas mais claramente do que as do apóstolo Paulo e da equipe de homens inspirados que estavam com ele e até mesmo do que as do próprio Senhor Jesus Cristo.”
. . Nós chegamos a acreditar que um homem de Deus pode lidar com determinadas pequenas áreas da vida da Igreja, mas quando as coisas apertam temos que ir para os peritos das áreas sociais. Isso é uma absoluta mentira. Diz aqui, nas Escrituras, que o homem de Deus seja equipado, adequado, equipado para toda boa obra.
. . O que Jerusalém tem a ver com a Roma? E o que nós temos a ver com todas essas modernas ciências sociais que foram criadas justamente como um protesto contra a Palavra de Deus? E por que razão é que evangelismo e missões e as chamadas “estratégias de crescimento para a igreja” são mais moldados pelos antropólogos, sociólogos e os estudantes de Wall Street que se alinham a cada tendência cultural?
. . Todas as atividades em nossa Igreja devem estar fundamentadas na Palavra de Deus. Todas as atividades em missões devem estar fundamentadas na Palavra de Deus.
. . A nossa atividade missionária, nossa atividade eclesiástica, tudo o que fazemos deve fluir de teólogos e exegetas, o homem que abre a sua Bíblia e tem apenas uma pergunta: “Qual é a Tua vontade, oh Deus?”
. . Nós não devemos enviar questionários para pessoas carnais a fim de descobrir que tipo de igreja eles querem freqüentar. A Igreja deveria ser “sensível ao que busca”, mas a Igreja deve reconhecer que só existe apenas um “buscador”. Seu nome é Deus, e se você quiser ser amigável com alguém, se você quiser acomodar alguém, acomode Ele e Sua glória, mesmo que você seja rejeitado por todas as outras pessoas. Nós não somos chamados para construir impérios. Nós não somos chamados para sermos exagerados. Somos chamados para glorificar a Deus.
. . E se você quer que a Igreja seja algo diferente do que um povo peculiar, então você quer alguma coisa que Deus não quer.
. . Eu quero que você escute só por um momento Isaías, capítulo oito. Ouçam o que ele diz: “Quando vos disserem: Consultai os necromantes e os adivinhos, que chilreiam e murmuram...” (Is 8: 19). Esta é uma definição perfeita, ou pelo menos uma ilustração, das ciências sociais e os gurus das “estratégias de crescimento para a igreja” e todo o resto, porque cada dois ou três anos todas as suas principais teorias mudam. Não apenas sobre o que é um homem ou como você o conserta, mas também o que é uma igreja e como você faz para ela crescer. A cada dois ou três anos há outra novidade que vem daquilo que pode fazer a sua igreja "super" aos olhos do mundo.
. . Recentemente um dos maiores e mais conhecidos especialista das “estratégias de crescimento para a igreja” disse que ele descobriu que ele estava completamente errado em toda a sua teoria. Mas, em vez dele voltar às Escrituras, de joelhos, quebrantado e chorando, ele sai para encontrar outra teoria.
. . Eles não dão qualquer palavra clara. Diz aqui em Isaías: "acaso, não consultará o povo ao seu Deus? A favor dos vivos se consultarão os mortos?” (Is 8: 19)
. . Devemos nós, como homens da igreja, como pregadores, como pastores, como cristãos, ir lá fora e consultar os mortos espiritualmente, em nome de todos aqueles que o Espírito Santo vivificou? Absolutamente não. Absolutamente não.
Tradução: Vinicius M. Pimentel (autor do blog Voltemos ao Evangelho)