sexta-feira, 30 de março de 2012

subsidio lição biblica-2º trimestre-2012-Domingo-01/04/12

1. Título
O livro de Apocalipse é o último livro do Novo Testamento, tanto em sua localização quanto ao período da formação do estenógrafo. Este é, provavelmente, o único livro do Novo Testamento cujo nome é dado em decorrência da primeira palavra encontrada nele, tais quais os títulos dos livros no cânon hebraico. Além disto, Apocalipse possui outras características particulares:
a) é o único livro profético
do Novo Testamento;
 b) apenas este livro traz uma bênção especial para aqueles que o estuda e uma maldição para aquele que “tirar quaisquer palavras do livro desta profecia”;
c) inclui três gêneros literários específicos: o profético (1.1.1), o epistolar (1.4-8), e apocalíptico.
2- Contexto Histórico
As Perseguições Imperiais
3. Tema
O Futuro Glorio
so dos Santos e a Perdição dos Ímpios
4. Autor
João, apóstolo.
5. Data e Local em que foi Escrito
81-95 d.C., na ilha de Patmos, durante o governo do imperador Domiciano.
6. Métodos de Interpretação do Livro
Quatro métodos principais são usados na interpretação do livro de Apocalipse. Dependendo do método adotado, os intérpretes podem chegar a conclusões totalmente díspares. Os principais métodos são: preterista, idealistas, historicistas e futuristas.
7. Esboço
Apocalipse apresenta a própria estrutura do livro no versículo dezenove do capítulo um: “Escreve as coisas que tens visto, e as que são, e as que depois destas hão de acontecer”. Seguindo o arquétipo apresentado pelo versículo em apreço podemos dividir o livro em três linhas principais:
I- As Coisas que tens Visto (1.1-20)
II- As Coisas que São (2.1-3.22)
III- As Coisas que Depois Destas hão de Acontecer (4.1-22.21)
8. Conteúdo
As três divisões principais do livro de Apocalipse incluem um capítulo introdutório (1.1-19); quatro séries de sete: sete cartas (2.1-3.22), sete selos (5.1-8.1), sete trombetas (8.2-11.19) e sete flagelos (15.1-16.21).
Estas séries de sete abrem parênteses para os interlúdios que são encontrados entre o sexto e sétimo selo: as duas multidões (7.1-17); entre a sexta e a sétima trombeta: o anjo e o pequeno livro, medição do templo e as duas testemunhas (11.1-13). Entre a sétima trombeta e os sete flagelos há o terceiro interlúdio: o dragão, a mulher e o seu descendente (12.1-17), as duas bestas (13.1-18) e as visões de consolo (14.1-20).
Uma estrutura literária também pode ser observável: trata de quatro visões delineada
s no livro 1.9-11; 4.1; 17.1 e 21.9. Entretanto, existem pequenas unidades introduzidas pela frase, “e vi”, “e olhei”, por exemplo, 5.1,11; 6.1,9.
8.1. As Coisas que tens Visto (1.1-20)
A primeira seção de Apocalipse está dividida em três temas principais: Título e descrição do livro (1.1-3), Remetente e Destinatário (1.4-8), Deportação para Patmos e a visão de Jesus Glorificado (1.9-20).
8.2. As Coisas que São (2.1-3.22)
Esta segunda seção esta subdividida em sete missivas endereçadas às igrejas da Ásia:
Éfeso (2.1-7) Amada; Desejada
Esmirna (2.8-11); Mirrada; Amargura
Pérgamo (2.12-17); Fortificada; Alta
Tiatira (2.18-29); Sacrifício Perpétuo
Sardes (3.1-6); Renovados
Filadélfia (3.7-13); Amor Fraterno
Laodicéia (3.14-22). O Povo Reina
8.3. As Coisas que Depois Destas hão de Acontecer (4.1-22.21)
1) Capítulo 4
Esta nova seção do livro de Apocalipse (4.1-11) é um parêntese para as revelações dos juízos divinos. Este prelúdio trata da visão do Trono e da Glória Divina que cerca a habitação de Deus
2) Capítulo 5 e 6
O capítulo cinco é um interlúdio relacionado aos juízos do capítulo seis: os selos. O juízo sobre os ímpios só será executado se houver alguém digno de “abrir o livro selado por dentro e por fora, bem selado com sete selos”. O capítulo seis descreve a abertura dos primeiros seis selos. Vejamos a estrutura:
1º selo (6.2): Cavalo Branco - o Anticristo.
2º selo (6.3,4):
Cavalo Vermelho - Guerra
3º selo (6.5-6): Cavalo Preto - Fome
4º selo (6.7-8): Cavalo Amarelo - Morte
5º selo (6.9-11): Clamor dos Mártires - Justiça
6º selo (6.12-17): Terremoto - Abalo cósmico
7º selo (8.1-11.19): Sete Trombetas - Juízos
3) Capítulo 7
O capítulo sete é um interlúdio entre o sexto e o sétimo selo. Este parêntese está dividido em duas seções principais. O primeiro é uma visão sobre o que irá acontecer na terra. O outro daquilo que irá ocorrer no céu.
4) Capítulo 8 e 9
Estes capítulos concentram-se na abertura do último selo que desencadeia sete trombetas. Vejamos a estrutura das sete trombetas:
1º trombeta (8.7): 1/3 da vegetação é destruída
2º trombeta (8.8): 1/3 da vida oceânica e dos barcos é destruída
3º trombeta (8.10): 1/3 da água doce é envenenado
4º trombeta (8.12): 1/3 do sol, da lua e das estrelas se escurecem
5º trombeta (9.1): Abre-se o abismo, sofrimento sobre os homens
6º trombeta (9.13): Solto os quatros anjos presos junto ao Eufrates
7º trombeta (11.15): Declaração do domínio de Cristo
5) Capítulo 10 e 11
Os capítulos 10 e 11 são parênteses entre a sexta e a sétima trombeta e devem ser considerados como uma unidade parentética. O capítulo 10 trata da mensagem do anjo de Deus e do livro comido por João, enquanto o 11, da medição do templo de Deus (11.1-2) e do ministério das duas testemunhas (11.3-14).
6) Capítulo 12
Este capítulo trata especificamente do Diabo e Israel. A mulher, provavelmente, representa a nação de Israel. O capítulo doze pode ser apresentado como se segue:
a) O ódio de Satanás contra Israel no passado (12.1-5);
b) O ódio de Satanás contra Israel no futuro (12.6-17).
7) Capítulo 13
Este capítulo está dividido em duas seções principais: a besta que subiu do mar (13.1-10) e a besta que subiu da terra (13.11-18). A besta que sobe do mar retrata o poder político e mundial do Anticristo, enquanto a que sobe da terra, o falso profeta (16.13; 19.20), relaciona-se ao poder religioso do Anticristo. Esta é a trindade satânica (cf.16.13).
8) Capítulo 14 a 16
Os capítulos 14, 15 e 16 formam uma seção que inclui o juízo de Deus através das sete taças. Entretanto, o 14, descreve os eventos que precedem estes juízos.
O capítulo 14 trata da doxologia dos santos. As características dos remidos que compõem este coral celeste encontram-se no versículo 4 e 5.
O capítulo 15, inicia-se com uma expressão modelo de João “e vi”. É uma elaborada introdução aos juízos das sete taças – sete anjos que tinham as sete últimas pragas. O propósito destes juízos encontra-se na parte final do versículo um: “porque nelas é consumada a ira de Deus”. Três visões seguem esta seção introdutória:
a) Visão dos “sete anjos com as sete últimas pragas” (v.1)
b) Visão do “mar de vidro misturado com fogo” (vs.2-4)
c) Visão do templo (vs.5-8).
O capítulo 16 trata dos sete anjos cada um deles possuindo uma taça de juízo para ser derramado sobre a terra (v.1). Vejamos :
1º taça (16.2): Chagas malignas sobre os seguidores do Anticristo
2º taça (16.3): Total envenenamento da água salgada
3º taça (16.4-7): Total envenenamento da água doce
4º taça (16.8,9): Calor abrasador do sol
5º taça (16.10,11): Escuridão na capital do Anticristo
6º taça (16.12-16): Seca-se o Eufrates
7º taça (16.17-21): Maior terremoto e tormenta de granizo do mundo
9) Capítulo 17, 18 e 19
O capítulo 17 e 18 formam uma unidade. Enquanto o capítulo dezessete descreve a destruição dos sistemas religiosos do mundo, identificado como Babilônia, a meretriz (vs.1-6), o dezoito trata dos sistemas políticos e econômicos do mundo. As bases históricas para estes capítulos encontram-se no antigo paganismo e na política do império romano.
10) Capítulo 20
Este capítulo descreve a instituição do reino milenar do Cordeiro. Podemos dividir o capítulo nas seguintes seções:
a) Prisão de Satanás (1.1-3);
b) A Grande Ressurreição ( 20.6);
c) O Grande Reinado (20.4,6);
d) A Grande Rebelião (20.7-10);
e) O Grande Trono (20.7-10).
11) Capítulo 21 e 22
O capítulo 21 tem como tema “a apresentação da esposa do Cordeiro” (21.9). Podemos encontrar nestes dois capítulos:
a) Visão do Novo Céu e da Nova Terra (21.1).
b) Visão da Cidade Santa (21.2-22.5).
O livro encerra com algumas admoestações específicas e com a expectativa da Vinda do Cordeiro.
Fonte: Blog - Teologia e Graça
Em Cristo Jesus
Kleber Santos

quinta-feira, 29 de março de 2012

Estou em busca de uma igreja Bíblica!

Estou em busca de uma igreja Bíblica!
Um amigo de trabalho me indagou dizendo, irmão Kleber,! você pode me dizer a onde eu encontro uma igreja que siga á Bíblia?.eu respondi,! Olha!!!,não é fácil encontrar não, mas existe.eu tenho certeza disso, o amigo continuou dizendo, porque eu só vejo igrejas que os pastores só estão interessado no dinheiro do povo.
Eu não sei se você percebeu, mas o meu amigo esteva falando da teologia da prosperidade. Observe uma coisa....! qualquer pessoa que ver um padre vai associar ele a batina dele, ele pode até não honrar á Deus mais ele vai associar ele á espiritualidade, as pessoas vão olhar pra qualquer outra religião e vai associar o individuo ,o seus lideres, e vão dizer,... olha que homem espiritual. mais se verem um pastor, dizem logo sem pensar.!!!,lá vêm um homem de negocio, ele vai fechar algum negocio na televisão olha o empresário.
Ninguém olha pra um pastor e diz,...olha que homem santo, integro, simples, se parece com Jesus, anda como ele, fala como ele, prega como ele, vivi como ele viveu.
É difícil alguém olhar pra um pastor e dizer isso, até o crente fica em duvida quanto a vida dos pastores de hoje em dia.
Eu rogo á DEUS que o seu Espirito Santo mostre ao meu colega e aos demais que pensam assim, que ilumine os seus corações convertam eles do pecado da justiça e do juízo e conduzam eles á uma igreja bíblica que tenha saúde espiritual e que tenha um pastor que imite á jesus e que esteja interessado em sua alma e não no seu dinheiro, seja um exemplo de vida para ele na fé e no amor, E que á igreja seja uma família, um pedaço do céu.

Em Cristo Jesus
Kleber Santos

A Incapacidade de Vir a Cristo

A Incapacidade
 de Vir a Cristo

Quão surpreendente é a depravação do homem natural! As Escrituras nos ensinam isso abundantemente. Todo pastor fiel levanta a sua voz como uma trombeta, para mostrar isto às pessoas. E a primeira obra do Espírito Santo, no coração, é convencer do pecado. Na Palavra de Deus, não existe uma descoberta mais terrível sobre a depravação do homem natural do que estas palavras do evangelho de João. Davi afirmou: “Eu nasci na iniquidade, e em pecado me concebeu minha mãe” (Sl 51.5). Deus falou por meio do profeta Isaías (48.8): “Eu sabia que procederias mui perfidamente e eras chamado de transgressor desde o ventre materno”. E Paulo disse: “Éramos, por natureza, filhos da ira, como também os demais” (Ef 2.3). Mas nesta passagem de João somos informados de que a incapacidade do homem natural e sua aversão por Cristo são tão grandes, que não podem ser vencidas por qualquer outro poder, exceto o poder de Deus. “Ninguém pode vir a mim se o Pai, que me enviou, não o trouxer; e eu o ressuscitarei no último dia” (Jo 6.44). Nunca houve um mestre como Cristo. “Jamais alguém falou como este homem” (Jo 7.46). Ele falava com muita autoridade, não como os escribas, mas com dignidade e poder celestial. Ele falava com grande sabedoria. Falava a verdade sem qualquer imperfeição. Seus ensinos eram a própria luz proveniente da Fonte de Luz. Ele falava com bastante amor, com o amor daquele que estava prestes a dar a sua vida em favor de seus seguidores. Falava com mansidão, suportando a ofensa contra Ele mesmo vinda dos pecadores, não ultrajando quando era ultrajado. Jesus falava com santidade, porque era Deus “manifestado na carne”. Mas tudo isso não atraía os seus ouvintes. Nunca houve um dom mais precioso oferecido aos homens.“O verdadeiro pão do céu é meu Pai quem vos dá... Eu sou o pão da vida; o que vem a mim jamais terá fome; e o que crê em mim jamais terá sede”(Jo 6.32, 35). O Salvador de que as pessoas condenadas necessitavam estava diante delas. Sua mão lhes foi estendida. Ele estava ao alcance delas. O Salvador ofereceu-lhes a Si mesmo. Oh! que cegueira, dureza de coração, morte espiritual e impiedade desesperadora existem na pessoa não-convertida! Nada pode mudá-la, exceto a graça do Todo-Poderoso.Oh! homem destituído da graça de Deus, seus amigos o advertem, os pastores clamam em voz alta, a Bíblia toda o exorta. Cristo, com todos os seus benefícios,é colocado diante de você. Todavia, a menos que o Espírito Santo seja derramado em seu coração,você permanecerá um inimigo da cruz de Cristo e destruidor de sua própria alma. “Ninguém pode vir a mim se o Pai, que me enviou, não o trouxer.”
Quão invencível é a graça de Jeová! Nenhuma criatura tem o poder de atrair o homem a Cristo. Exibições, evidências miraculosas, ameaças, inovações são usadas em vão. Somente Jeová pode trazer a alma a Cristo. Ele derrama seu Espírito com a Palavra, e a alma sente-se alegre e poderosamente inclinada a vir a Jesus. “Apresentar-se-á voluntariamente o teu povo, no dia do teu poder” (Sl 110.3). “Acaso, para o SENHOR há coisa demasiadamente difícil?” (Gn 18.14.) “Como ribeiros de águas assim é o coração do rei na mão do SENHOR; este, segundo o seu querer, o inclina” (Pv 21.1). Considere um exemplo: um judeu estava assentado na coletoria, próxima à porta de Cafarnaum. Sua testa estava enrugada com as marcas da cobiça, e seus olhos invejosos exibiam a astúcia de um publicano. Provavelmente, ele ouvira falar de Jesus; talvez O ouvira pregando nas praias do mar da Galiléia. Mas seu coração mundano ainda permanecia inalterado, visto que ele continuava em seu negócio ímpio, assentado na coletoria.O Salvador passou por ali e, quando olhou para o atarefado Levi, disse-lhe: “Segue- me!” Jesus não disse mais nada. Não usou qualquer argumento, nenhuma ameaça, nenhuma promessa. Mas o Deus de toda graça soprou no coração do publicano, e este se tornou disposto. “Ele se levantou e o seguiu” (Mt 9.9). Agradou a Deus, que opera todas as coisas de acordo com o conselho da sua vontade, dar a Mateus um vislumbre salvador da excelência de Jesus; a graça caiu do céu no coração de Mateus e o transformou. Ele sentiu o aroma da Rosa de Sarom.O que significava o mundo agora para ele? Mateus não se importava mais com os lucros, os prazeres e os louvores do mundo. Em Cristo, ele viu aquilo que é mais agradável e melhor do que todas essas coisas do mundo. Mateus se levantou e seguiu a Jesus. Aprendamos que uma simples palavra pode ser abençoadora à salvação de almas preciosas. Frequentemente, somos tentados a pensar que tem de haver algum argumento profundo e lógico, para trazer as pessoas a Cristo. Na maioria das vezes, colocamos nossa confiança em palavras altissonantes. No entanto, a simples exposição de Cristo aplicada ao coração pelo Espírito Santo vivifica, ilumina e salva. “Não por força nem por poder, mas pelo meu Espírito, diz o SENHOR dos Exércitos” (Zc 4.6). Se o Espírito age nas pessoas, estas simples palavras: “Segue a Jesus”, faladas em amor, podem ser abençoadas e salvar todos os ouvintes. Aprendamos a tributar todo o louvor e glória de nossa salvação à graça soberana, eficaz e gratuita de Jeová. Um falecido teólogo disse: “Deus ficou tão irado por Herodes não lhe haver dado glória, que o anjo do Senhor feriu imediatamente a Herodes, que teve uma morte horrível. Ele foi comido por vermes e expirou. Ora, se é pecaminoso um homem tomar para si mesmo a glória de uma graça tal como a eloquência, quão mais pecaminoso é um homem tomar para si a glória da graça divina, a própria imagem de Deus, que é o dom mais glorioso, excelente e precioso de Deus?” Quantas vezes o apóstolo Paulo insiste, em Efésios 1, que somos salvos pela graça imerecida e gratuita? E como João atribui toda a glória da salvação à graça gratuita do Senhor Jesus — “Àquele que nos ama, e, pelo seu sangue, nos libertou dos nossos pecados... a ele a glória e o domínio pelos séculos dos séculos. Amém!” (Ap 1.5, 6). Quão solenes foram as palavras de Jonathan Edwards, em sua obra Personal Narrative (Narrativa Pessoal)! “A absoluta soberania e graça gratuita de Deus, em demonstrar misericórdia àquele para quem Ele quer expressar misericórdia, e a absoluta dependência do homem quanto às operações do Espírito Santo têm sido para mim, frequentemente,doutrinas gloriosas e agradáveis. Estas doutrinas têm sido o meu grande deleite. A soberania de Deus parece-me uma enorme parte de sua glória. Tenho sentido deleite constante em aproximar-me de Deus e adorá-Lo como um Deus soberano, rogando-Lhe misericórdia soberana.”

Fonte : www.editorafiel.com

quarta-feira, 28 de março de 2012

Ser Cheio Do Espirito Santo



                       
Ser  Cheio Do                  Espirito Santos
É Viver na plenitude do Espirito Santo,
é viver sobre o controle total Dele.
Uma coisa é ter o Espirito Santo,
 outra coisa é ser cheio Dele.
Uma coisa é ter o Espirito Santo como residente ,
outra coisa é tê-lo como presidente.
Uma coisa é pedir uma orientação ao Espirito Santo,
 outra coisa é ser guiado por Ele.
Ser cheio do Espirito Santo,
é entregar a direção de nossa vida á Ele.
Ser cheio do Espirito Santo,
nos capacita á testificar melhor de Jesus e sua obra.
Ser cheio do Espirito Santo,
é produzir o seu fruto.
Ser cheio do Espirito Santo,
 é ser prudente e não inercio.
Ser cheio do Espirito Santo,
 produz santidade.

EmCristoJesus                                                 Kleber Santos

terça-feira, 27 de março de 2012

Revista Veja Entrevista William Lane Craig

“É possível acreditar em Deus usando a razão”
 afirma William Lane Craig

O filósofo e teólogo defende o cristianismo, a ressurreição de Jesus e a veracidade da Bíblia a partir de construção lógica e racional, e se destaca em debates com pensadores ateus
Quando o escritor britânico Christopher Hitchens, um dos maiores defensores do ateísmo, travou um longo debate nos Estados Unidos, em abril de 2009, com o filósofo e teólogo William Lane Craig sobre a existência de Deus, seus colegas ateus ficaram tensos. Momentos antes de subir ao palco, Hitchens – que morreu em dezembro de 2011, aos 62 anos – falou a jornalistas sobre a expectativa de enfrentar Craig.
“Posso dizer que meus colegas ateus o levam bem a sério”, disse. “Ele é considerado um adversário muito duro, rigoroso, culto e formidável”, continuou. “Normalmente as pessoas não me dizem ‘boa sorte’ ou ‘não nos decepcione’ antes de um debate – mas hoje, é o tipo de coisa que estão me dizendo”. Difícil saber se houve um vencedor do debate. O certo é que Craig se destaca pela elegância com que apresenta seus argumentos, mesmo quando submetido ao fogo cerrado.
O teólogo evangélico é considerado um dos maiores defensores da doutrina cristã na atualidade. Craig, que vive em Atlanta (EUA) com a esposa, sustenta que a existência de Deus e a ressurreição de Jesus, por exemplo, não são apenas questões de fé, mas passíveis de prova lógica e racional. Em seu currículo de debates estão o famoso químico e autor britânico Peter Atkins e o neurocientista americano Sam Harris (veja lista com vídeos legendados de Craig). Basta uma rápida procura no Youtube para encontrar uma vastidão de debates travados entre Craig e diversos estudiosos. Richard Dawkins, um dos maiores críticos do teísmo, ainda se recusa a discutir com Craig sobre a existência de Deus.
Em artigo publicado no jornal inglês The Guardian, Dawkins afirma que Craig faz apologia ao genocídio, por defender passagens da Bíblia que justificam a morte de homens, mulheres e crianças por meio de ordens divinas. “Vocês apertariam a mão de um homem que escreve esse tipo de coisa? Vocês compartilhariam o mesmo palco que ele? Eu não, eu me recuso”, escreveu. Na entrevista abaixo, Craig fala sobre o assunto.
Autor de diversos livros – entre eles Em Guarda – Defenda a fé cristã com razão e precisão (Ed. Vida Nova), lançado no fim de 2011 no Brasil, – Craig é doutor em filosofia pela Universidade de Birmingham, na Inglaterra, e em teologia pela Universidade de Munique, Alemanha. O filósofo esteve no Brasil para o 8º Congresso de Teologia da Editora Vida Nova, em Águas de Lindóia, entre 13 e 16 de março. Durante o simpósio, Craig deu palestras e dedicou a última apresentação a atacar, ponto a ponto, os argumentos de Richard Dawkins sobre a inexistência de Deus.
Por que deveríamos acreditar em Deus? Porque os argumentos e evidências que apontam para a Sua existência são mais plausíveis do que aqueles que apontam para a negação. Vários argumentos dão força à ideia de que Deus existe. Ele é a melhor explicação para a existência de tudo a partir de um momento no passado finito, e também para o ajuste preciso do universo, levando ao surgimento de vida inteligente. Deus também é a melhor explicação para a existência de deveres e valores morais objetivos no mundo. Com isso, quero dizer valores e deveres que existem independentemente da opinião humana.
Se Deus é bondade e justiça, por que ele não criou um universo perfeito onde todas as pessoas vivem felizes? Acho que esse é o desejo de Deus. É o que a Bíblia ensina. O fato de que o desejo de Deus não é realizado implica que os seres humanos possuem livre-arbítrio. Não concordo com os teólogos que dizem que Deus determina quem é salvo ou não. Parece-me que os próprios humanos determinam isso. A única razão pela qual algumas pessoas não são salvas é porque elas próprias rejeitam livremente a vontade de Deus de salvá-las.
Alguns cientistas argumentam que o livre-arbítrio não existe. Se esse for o caso, as pessoas poderiam ser julgadas por Deus? Não, elas não poderiam. Acredito que esses autores estão errados. É difícil entender como a concepção do determinismo pode ser racional. Se acreditarmos que tudo é determinado, então até a crença no determinismo foi determinada. Nesse contexto, não se chega a essa conclusão por reflexão racional. Ela seria tão natural e inevitável como um dente que nasce ou uma árvore que dá galhos. Penso que o determinismo, racionalmente, não passa de absurdo. Não é possível acreditar racionalmente nele. Portanto, a atitude racional é negá-lo e acreditar que existe o livre-arbítrio.
O senhor defende em seu site uma passagem do Velho Testamento em que Deus ordena a destruição da cidade de Canaã, inclusive autorizando o genocídio, argumentando que os inocentes mortos nesse massacre seriam salvos pela graça divina. Esse não é um argumento perigosamente próximo daqueles usados por terroristas motivados pela religião? A teoria ética desses terroristas não está errada. Isso, contudo, não quer dizer que eles estão certos. O problema é a crença deles no deus errado. O verdadeiro Deus não ordena atos terroristas e, portanto, eles estariam cometendo uma atrocidade moral. Quero dizer que se Deus decide tirar a vida de uma pessoa inocente, especialmente uma criança, a Sua graça se estende a ela.
Se o terrorista é cristão o ato terrorista motivado pela religião é justificável, por ele acreditar no Deus ‘certo’? Não é suficiente acreditar no deus certo. É preciso garantir que os comandos divinos estão sendo corretamente interpretados. Não acho que Deus dê esse tipo de comando hoje em dia. Os casos do Velho Testamento, como a conquista de Canaã, não representam a vontade normal de Deus.
O sr. está querendo dizer que Deus também está sujeito a variações de humor? Não é plausível esperar que pelo menos Ele seja consistente? Penso que Deus pode fazer exceções aos comandos morais que dá. O principal exemplo no Velho Testamento é a ordem que ele dá a Abraão para sacrificar seu filho Isaque. Se Abraão tivesse feito isso por iniciativa própria, isso seria uma abominação. O Deus do Velho Testamento condena o sacrifício infantil. Essa foi uma das razões que o levou a ordenar a destruição das nações pagãs ao redor de Israel. Elas estavam sacrificando crianças aos seus deuses. E, no entanto, Deus dá essa ordem extraordinária a Abraão: sacrificar o próprio filho Isaque. Isso serviu para verificar a obediência e fé dele. Mas isso é a exceção que prova a regra. Não é a forma normal com que Deus conduz os assuntos humanos. Mas porque Deus é Deus, Ele tem a possibilidade de abrir exceções em alguns casos extremos, como esse.
O sr. disse que não é suficiente ter o deus certo, é preciso fazer a interpretação correta dos comandos divinos. Como garantir que a sua interpretação é objetivamente correta? As coisas que digo são baseadas no que Deus nos deu a conhecer sobre si mesmo e em preceitos registrados na Bíblia, que é a palavra d’Ele. Refiro-me a determinações sobre a vida humana, como “não matarás”. Deus condena o sacrifício de crianças, Seu desejo é que amemos uns ao outros. Essa é a Sua moral geral. Seria apenas em casos excepcionalmente extremos, como o de Abraão e Isaque, que Deus mudaria isso. Se eu achar que Deus me comandou a fazer algo que é contra o Seu desejo moral geral, revelado na escritura, o mais provável é que eu tenha entendido errado. Temos a revelação do desejo moral de Deus e é assim que devemos nos comportar.
O sr. deposita grande parte da sua argumentação no conteúdo da Bíblia. Contudo, ela foi escrita por homens em um período restrito, em uma área restrita do mundo, em uma língua restrita, para um grupo específico de pessoas. Que evidência se tem de que a Bíblia é a palavra de um ser sobrenatural? A razão pela qual acreditamos na Bíblia e sua validade é porque acreditamos em Cristo. Ele considerava as escrituras hebraicas como a palavra de Deus. Seus ensinamentos são extensões do que é ensinado no Velho Testamento. Os ensinamentos de Jesus são direcionados à era da Igreja, que o sucederia. A questão, então, se torna a seguinte: temos boas razões para acreditar em Jesus? Ele é quem ele diz ser, a revelação de Deus? Acredito que sim. A ressurreição dos mortos, por exemplo, mostra que ele era quem afirmava.
Existem provas que confirmem a ressurreição de Jesus? Temos boas bases históricas. A palavra ‘prova’ pode ser enganosa porque muitos a associam com matemática. Certamente, não temos prova matemática de qualquer coisa que tenha acontecido na história do homem. Não temos provas, nesse sentido, de que Júlio César foi assassinado no senado romano, por exemplo, mas temos boas bases históricas para isso. Meu argumento é que se você considera os documentos do Novo Testamento como fontes da história antiga, – como os historiadores gregos Tácito, Heródoto ou Tucídides – o evangelho aparece como uma fonte histórica muito confiável para a vida de Jesus de Nazaré. A maioria dos historiadores do Novo Testamento concorda com os fatos fundamentais que balizam a inferência sobre a ressurreição de Cristo. Coisas como a sua execução sob autoridade romana, a descoberta das tumbas vazias por um grupo de mulheres no domingo depois da crucificação e o relato de vários indivíduos e grupos sobre os aparecimentos de Jesus vivo após sua execução. Com isso, nos resta a seguinte pergunta: qual é a melhor explicação para essa sequência de acontecimentos? Penso que a melhor explicação é aquela que os discípulos originais deram – Deus fez Jesus renascer dos mortos. Não podemos falar de uma prova, mas podemos levantar boas bases históricas para dizer que a ressurreição é a melhor explicação para os fatos. E como temos boas razões para acreditar que Cristo era quem dizia ser, portanto temos boas razões para acreditar que seus ensinamentos eram verdade. Sendo assim, podemos ver que a Bíblia não foi criação contingente de um tempo, de um lugar e de certas pessoas, mas é a palavra de Deus para a humanidade.
Os textos da Bíblia passaram por diversas revisões ao longo do tempo. Como podemos ter certeza de que as informações às quais temos acesso hoje são as mesmas escritas há 2.000 anos? Além disso, como lidar com o fato de que informações podem ser perdidas durante a tradução? Você tem razão quanto a variedade de revisões e traduções. Por isso, é imperativo voltar às línguas originais nas quais esses textos foram escritos. Hoje, os críticos textuais comparam diferentes manuscritos antigos de modo a reconstruir o que os originais diziam. O Novo Testamento é o livro mais atestado da história antiga, seja em termos de manuscritos encontrados ou em termos de quão próximos eles estão da data original de escrita. Os textos já foram reconstruídos com 99% de precisão em relação aos originais. As incertezas que restam são trivialidades. Por exemplo, na Primeira Epístola de João, ele diz: “Estas coisas vos escrevemos, para que o vosso gozo se cumpra”. Mas alguns manuscritos dizem: “Estas coisas vos escrevemos, para que o nosso gozo se cumpra”. Não temos certeza se o texto original diz ‘vosso’ ou ‘nosso’. Isso ilustra como esse 1% de incerteza é trivial. Alguém que realmente queira entender os textos deverá aprender grego, a língua original em que o Novo Testamento foi escrito. Contudo, as pessoas também podem comprar diferentes traduções e compará-las para perceber como o texto se comporta em diferentes versões.
É possível explicar a existência de Deus apenas com a razão? Qual o papel da ciência na explicação das causas do universo? A razão é muito mais ampla do que a ciência. A ciência é uma exploração do mundo físico e natural. A razão, por outro lado, inclui elementos como a lógica, a matemática, a metafísica, a ética, a psicologia e assim por diante. Parte da cegueira de cientistas naturalistas, como Richard Dawkins, é que eles são culpados de algo chamado ‘cientismo’. Como se a ciência fosse a única fonte da verdade. Não acho que podemos explicar Deus em sua plenitude, mas a razão é suficiente para justificar a conclusão de que um criador transcendente do universo existe e é a fonte absoluta de bondade moral.
Por que o cristianismo deveria ser mais importante do que outras religiões que ensinam as mesmas questões fundamentais, como o amor e a caridade? As pessoas não entendem o que é o cristianismo. É por isso que alguns ficam tão ofendidos quando se prega que Jesus é a única forma de salvação. Elas pensam que ser cristão é seguir os ensinamentos éticos de Jesus, como amar ao próximo como a si mesmo. É claro que não é preciso acreditar em Jesus para se fazer isso. Isso não é o cristianismo. O evangelho diz que somos moralmente culpados perante Deus. Espiritualmente, somos separados d’Ele. É por isso que precisamos experimentar Seu perdão e graça. Para isso, é preciso ter um substituto que pague a pena dos nossos pecados. Jesus ofereceu a própria vida como sacrifício por nós. Ao aceitar o que ele fez em nosso nome, podemos ter o perdão de Deus e a limpeza moral. A partir disso, nossa relação com Deus pode ser restaurada. Isso evidencia por que acreditar em Cristo é tão importante. Repudiá-lo é rejeitar a graça de Deus e permanecer espiritualmente separado d’Ele. Se você morre nessa condição, você ficará eternamente separado de Deus. Outras religiões não ensinam a mesma coisa.
A crença em Deus é necessária para trazer qualidade de vida e felicidade? Penso que a crença em Deus ajuda, mas não é necessária. Ela pode lhe dar uma fundação para valores morais, propósito de vida e esperança para o futuro. Contudo, se você quiser viver inconsistentemente, é possível ser um ateu feliz, contanto que não se pense nas implicações do ateísmo. Em última análise, o ateísmo prega que não existem valores morais objetivos, que tudo é uma ilusão, que não há propósito e significado para a vida e que somos um subproduto do acaso.
Por que importa se acreditamos no deus do cristianismo ou na ‘mãe natureza’ se na prática as pessoas podem seguir, fundamentalmente, os mesmos ensinamentos? Deveríamos acreditar em uma mentira se isso for bom para a sociedade? As pessoas devem acreditar em uma falsa teoria, só por causa dos benefícios sociais? Eu acho que não. Isso seria uma alucinação. Algumas pessoas passam a acreditar na religião por esse motivo. Já que a religião traz benefícios para a sociedade, mesmo que o indivíduo pense que ela não passa de um ‘conto de fadas’, ele passa a acreditar. Digo que não. Se você acha que a religião é um conto de fadas, não acredite. Mas se o cristianismo é a verdade – como penso que é – temos que acreditar nele independente das consequências. É o que as pessoas racionais fazem, elas acreditam na verdade. A  via contrária é o pragmatismo. “Isso Funciona?”, perguntam elas. “Não importa se é verdade, quero saber se funciona”. Não estou preocupado se na Suécia alguns são felizes sem acreditar em Deus ou se há alguma vantagem em acreditar n’Ele. Como filósofo, estou interessado no que é verdade e me parece que a existência desse ser transcendente que criou e projetou o universo, fonte dos valores morais, é a verdade.



Perfil. Nome: William Lane Craig.
Profissão: Filósofo, teólogo e professor universitário na Universidade de Biola, Califórnia. Nascimento: 23 de agosto de 1949. Livros destacados: Apologética Contemporânea – A veracidade da Fé Cristã; Em Guarda, Defenda a fé cristã com razão e precisão; ambos publicados no Brasil pela editora Vida Nova. Principal contribuição para a filosofia: Craig foi responsável por reformular o Argumento Cosmológico Kalam (variação do argumento cosmológico que defende a existência de uma primeira causa para o universo) nos seguintes termos: 1) Tudo que começa a existir tem uma causa de existência. 2) O universo começou a existir. 3) Portanto, o universo tem uma causa para sua existência. Informações pessoais: William Lane Craig é conhecido pelo trabalho na filosofia do tempo e na filosofia da religião, especificamente sobre a existência de Deus e na defesa do teísmo cristão. Escreveu e editou mais de 30 livros, é doutor em filosofia e teologia em universidades inglesa e alemã e desde 1996 é pesquisador e professor de filosofia na Universidade de Biola, na Califórnia. Atualmente vive em Atlanta, nos EUA, com a esposa. Craig pratica exercícios regularmente como forma de combater a APM (Atrofia Peronial Muscular) uma doença degenerativa do sistema nervoso que lhe causou atrofiamento dos nervos das mãos e pernas. Especialista em debates desde o ensino médio, o filósofo passa a maior parte do tempo estudando.

Extraído do site:arminiamismo.com